As companhias do setor de construção civil Even (EVEN3), Melnick (MELK3) e MRV (MRVE3) divulgam na segunda-feira (17) os números de suas prévias operacionais referentes ao quarto trimestre do ano passado.
Às 11h22 (horário de Brasília), MRVE3 caía 1,45%, a R$ 10,84, MELK3 tinha baixa de 2,93%, a R$ 3,64, e EVEN3 recuava 0,65%, a R$ 6,15.
Veja como a XP avalia os dados operacionais de cada uma das companhias:
Even
Os números da Even foram impulsionados principalmente pelos lançamentos, que cresceram 68% na base de comparação ano a ano e somaram R$ 809 milhões entre outubro e dezembro.
No ano, os lançamentos totalizaram R$ 2,39 bilhões, ante R$ 1,4 bilhão apurado em 2020 – avanço de 71%.
As vendas líquidas atingiram R$ 400 milhões no quarto trimestre, um recuo em relação aos R$ 639 milhões informados no mesmo intervalo de 2020.
Nessa categoria, houve o total de R$ 1,6 bilhão em 2021, ante R$ 1,7 bilhão em 2020 – recuo de 3% na base de comparação anual.
Como resultado, a velocidade de venda (VSO) foi impactada negativamente no trimestre, e atingiu 13% no quarto trimestre vs. 11% no trimestre anterior.
Por último, o distrato atingiu 11% das vendas brutas no quarto trimestre vs. 16% no período entre julho e setembro do ano passado.
A XP reiterou sua recomendação de compra para as ações EVEN3, com base no valuation atrativo, negociado atualmente a 0,7x P/VP.
Melnick
Segundo a XP, os dados operacionais da Melnick no quarto trimestre também foram impulsionados pelos lançamentos, que cresceram 142% na base de comparação anual e somaram R$ 213 milhões entre outubro e dezembro.
No ano, os lançamentos totalizaram R$ 808 milhões, ante R$ 500 milhões apurados em 2020 – avanço de 62%.
As vendas líquidas cresceram 97% na base de comparação trimestral, de R$ 99 milhões, informados no período entre julho e setembro, para R$ 195 milhões no quarto trimestre do ano passado.
No ano, essa categoria somou R$ 548 milhões em 2021, ante R$ 557 milhões registrados em 2020 – um recuo de 1,6%.
Houve impacto positivo na velocidade de vendas (VSO) no período, 16% no quarto trimestre contra 9% nos três meses anteriores.
Além disso, o distrato atingiu 6% das vendas brutas no período vs. 8% no terceiro trimestre.
A XP reiterou sua visão favorável para Melnick ,com base em seu valuation atrativo, negociado atualmente em 0,6x P/VP.
MRV
Para a XP, a MRV apresentou números operacionais sólidos no período entre outubro e dezembro do ano passado. Os lançamentos somaram R$ 3,2 bilhões – avanço de 52% em um ano – e as vendas, R$ 2,4 bilhões – alta de 18% na comparação com doze meses anteriores.
Segundo os analistas, as vendas foram impulsionadas pela venda de projetos da AHS (subsidiária dos EUA) e pela resiliência do segmento de baixa renda no Brasil, parcialmente compensado pela queima de caixa de R$ 128 milhões devido a maiores desembolsos das subsidiárias brasileiras (antecipação nas compras de material de construção), apesar da sólida geração de caixa da AHS de R$ 107 milhões.
Do montante obtido com os lançamentos (R$ 3,2 bilhões), R$ 2,1 bilhões estavam sob a marca core da MRV – principalmente no âmbito do programa Casa Verde e Amarela.
R$ 1,0 bilhão pertencia à AHS, R$ 57 milhões são da Urba (segmento de loteamento) e R$ 38 milhões são da Luggo.
Do montante obtido com as vendas (R$ 2,4 bilhões), R$ 1,5 bilhão estavam sob a marca core da MRV.
R$ 771 milhões pertenciam à AHS, R$ 58 milhões são da Urba e R$ 106 milhões foram obtidos pela Luggo.
A empresa destacou também o avanço no programa de cancelamentos zero, Venda Garantida, que atingiu 89% das pré-vendas no quarto trimestre (vs. 84% no trimestre anterior).
Com isso, a velocidade de vendas (ex-AHS) caiu para 16% no período entre outubro e dezembro, vs. 18% no terceiro trimestre.
A XP manteve classificação neutra para os papéis da MRV, com preço-alvo de R$ 23,00 por ação.