A XP atualizou, na quarta-feira (9), os preços-alvo para Mills (MILS3) e Priner (PRNR3), para refletir um cenário macroeconômico mais desafiador à frente, além de uma volatilidade política potencialmente maior.
Além disso, analistas revisaram estimativas operacionais para o longo prazo.
Como consequência, a XP elevou o preço-alvo de Mills para R$ 10,00/ação (versus R$ 8,20, anteriormente), enquanto diminuiu o preço-alvo de Priner para R$ 8,00 (versus R$ 13,40).
Dito isso, as recomendações de compra para ambos os papéis foram mantidas, devido ao momento positivo de curto prazo para as duas empresas, além de fundamentos de longo prazo robustos. Por outro lado, a XP enxerga um potencial de alta maior para Mills, e portanto declara preferência por MILS3 em relação a PRNR3.
Mills
Após entregar resultados mais fortes do que o esperado por dois trimestres consecutivos (e com expectativas positivas para o quarto trimestre de 2021), a XP se diz mais otimista com Mills.
Analistas ressaltam que a empresa, após sua fusão com a Solaris, se tornou a líder indisputável no mercado de plataformas aéreas no Brasil.
Devido a uma combinação de momento positivo e forte execução, aumentou ligeiramente as estimativas para a taxa de utilização (“TU”) e para a renovação da frota, o que deveria acarretar em uma queda na idade média de equipamentos bem como uma melhora geral das margens.
Destaca ainda que, após alguns anos mais lentos, a Mills parece retornar seu ciclo de investimentos, conforme corroborado pelo anúncio no segundo trimestre da aprovação de um CAPEX de 63,2 milhões de dólares para o ano passado.
Priner
Apesar de reduzir o preço-alvo para Priner, principalmente por conta de um custo de capital mais elevado e novas estimativas macroeconômicas, a XP se diz otimista com a abordagem “one-stop-shop” da companhia, a qual se baseia tanto em:
(i) crescimento orgânico, especialmente em segmentos de margens mais alta como de isolamento e de serviços off-shore, o que leva a um efeito positivo de mix que a XP incorpora nas estimativas; quanto em
(ii) crescimento inorgânico, com a aquisição de companhias menores como já foi feito no passado pela Priner – isto posto, como não foram consideradas fusões e aquisições nas premissas, e a XP acredita que há espaço para uma surpresa positiva caso a empresa tenha sucesso nesses M&As.