O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma declaração contundente nesta quarta-feira, 16 de outubro, ao afirmar que “joga a toalha” caso sua inelegibilidade permaneça em vigor.
Essa declaração foi feita em meio a uma movimentação da sua base de apoio, composta por membros da extrema-direita no Congresso Nacional, que busca implementar uma anistia para o ex-líder, que foi condenado em duas ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Como o ex-presidente chegou à inelegibilidade?
Em junho de 2023, o TSE sentenciou Jair Bolsonaro a oito anos fora das urnas, decisão motivada por acusações de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Essa condenação se relaciona a uma reunião realizada em julho de 2022, quando o então presidente se encontrou com embaixadores estrangeiros com o intuito de propagar informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Além disso, em outubro do ano passado, a Corte condenou o ex-capitão por abuso de poder político e econômico durante as celebrações do 7 de Setembro de 2022.
Bolsonaro alega perseguição…
“Se isso for avante, esta inelegibilidade continuar, jogo a toalha, não acredito mais no Brasil”, declarou o ex-presidente, em entrevista à rádio AuriVerde Brasil.
O ex-presidente expressou seu descontentamento e frustração com a situação atual e afirmou que se isso não mudar, se vê obrigado a priorizar sua vida pessoal.
“Se isso continuar, tenho um caminho: cuidar da minha vida, antes que me matem ou façam algo pior com a minha vida”, complementou.
Mas essas não são as únicas acusações contra o ex-presidente
Além dos processos em andamento no TSE, Jair Bolsonaro enfrenta investigações adicionais no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele já foi indiciado pela Polícia Federal (PF) em casos que envolvem fraudes relacionadas a cartões de vacina e a aquisição de joias sauditas, o que agrava ainda mais sua situação legal.
Base aliada busca anistia para Bolsonaro
Diante deste contexto jurídico adverso, a tropa de choque de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional tenta articular uma proposta de anistia que permita ao ex-presidente reverter sua inelegibilidade.
As informações são de CartaCapital.