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Bolsonaro diverge de equipe econômica sobre Renda Brasil

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Por Leandro Manzoni, da Investing.com – O presidente Jair Bolsonaro disse que a proposta do programa de transferência de renda “Renda Brasil”, que prevê ser o substituto do atual auxílio emergencial e ser maior em valores e alcance de beneficiados do que o Bolsa Família, não será enviada ao Congresso. A divergência é relacionada à transferência e fim de programas sociais atuais para turbinar o orçamento do futuro Renda Brasil. Entre os programas que podem ser encerrados, é o abono salarial, além do seguro-defeso e do Farmácia Popular.

“Não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos. Não posso tirar o abono salarial de 12 milhões de pessoas para dar para um Bolsa Família ou Renda Brasil ou seja lá que for”, disse Bolsonaro durante discurso em evento em Ipatinga (MG) para marcar a religação do Alto Forno 1 da Usiminas (SA:USIM5). A fala do presidente sugere discordância com a equipe econômica.

Isso eleva o receio dos investidores de que os recursos para o novo programa de transferência de renda pode aumentar os gastos públicos sem a contrapartida de reduzir os recursos de outros programas, elevando o risco fiscal de que a regra do teto de gastos pode ser desrespeitada. O Renda Brasil é uma das medidas da equipe econômica para estimular a recuperação da economia brasileira afetada pela crise do coronavírus.

Após a declaração de Bolsonaro, o Ibovespa aprofundou as perdas, caindo 1,56% a 100.525 pontos às 13h17. O dólar acelerou a alta, subindo 1,40% a R$ 5,600.

O presidente ressaltou que o auxílio emergencial será prorrogado até dezembro, sem revelar se o valor atual de R$ 600 será renovado ou será menor.

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(Com contribuição de Reuters)