Política

Bolsonaro nega tentativa de golpe de Estado e pede anistia por 8 de janeiro, além de elogios a Milei

Ex-presidente voltou a afirmar que é alvo de uma "perseguição jurídica" no Brasil

Silas Malafaia e Jair Bolsonaro
Silas Malafaia e Jair Bolsonaro | Foto/Nelson Almeida/AFP

Em uma mensagem gravada, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teceu elogios ao presidente da Argentina, Javier Milei, na abertura de mais uma edição da CPAC (Conservative Political Action Conference), nesta quarta-feira (4), na cidade de Buenos Aires.

Este é o principal fórum de debates envolvendo as forças políticas mais conservadoras em nível global. Neste ano, o anfitrião do encontro é o presidente da Argentina, Javier Milei, aliado de Bolsonaro e do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

No vídeo, exibido na abertura da conferência, Bolsonaro elogiou Milei e sua gestão.

“Prezado Javier Milei, meus cumprimentos pelo jeito que você está conduzindo essa nação e conseguindo ótimos resultados. Parabéns pelas medidas, às vezes salgadas, que você está tomando, que estão dando resultado”, afirmou o ex-presidente brasileiro.

Além disso, Bolsonaro afirmou que algo parecido foi feito no Brasil. “Nós também reduzimos a carga tributária e por três meses consecutivos tivemos deflação. Eu espero que a Argentina continue nessa linha. Os problemas vão aparecendo, mas vamos driblando”, completou.

O ex-presidente falou sobre o retorno de Trump. “A volta de Donald Trump [nos EUA] nos dá forças. Ele já reclamou da anistia do filho do [Joe] Biden, sugeriu que também haveria anistia aos invasores do Capitólio, o que nos leva a defender que também exista anistia aos patriotas que saíram às ruas em 8 de janeiro no Brasil”, completou Bolsonaro.

No dia 8 de janeiro de 2023, ocorreram os altos golpistas em Brasília, como forma de protestar e tentar “derrubar” a escolha democrática da população pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro fala sobre suposta tentativa de Golpe de Estado

Bolsonaro também voltou a afirmar que é alvo de uma “perseguição jurídica” no Brasil. O ex-presidente é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado no país, no fim de 2022, com o intuito de evitar a posse de Lula.

“Não houve golpe. Nós apenas conversamos sobre hipóteses constitucionais, mas Lula da Silva quer dizer que eu tentei dar um golpe de Estado”, afirmou.