O golpe de estado não foi o único tema da deleção do ex-ajudante de ordens do Bolsonaro, Mauro Cid. De acordo com o documento, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perguntou o preço de um dos relógios que recebeu enquanto ocupava a Presidência da República.
Em seguida, aliados do ex-presidente venderam o item nos Estados Unidos. Bolsonaro foi indiciado no inquérito das joias em julho de 2024, junto a outras 11 pessoas.
Mauro Cid afirma que o motivo para a venda das joias é para arcar com as multas por não usar capacete durante as motociatas e pelos valores da indenização para a deputada federal Maria do Rosário.
Bolsonaro quis saber valor de relógio de luxo
Em depoimento à Polícia Federal no dia 11 de março de 2024, Cid afirmou que Bolsonaro recebeu um conjunto de joias durante viagem ao Bahrein, em 2021.
Ao observar as peças, ele demonstrou curiosidade sobre o preço de um relógio Patek Philippe e perguntou: “Pô, relógio caro, quanto é que tá?”.
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Por isso, Mauro Cid pesquisou na internet e fez um print do valor para referência. O relógio, junto a um Rolex de ouro branco com diamantes, foi vendido nos Estados Unidos em 2022 por US$ 68 mil (cerca de R$ 347 mil à época).
Indiciamento e acusações do caso da joia
Assim, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa em caso das joias. No entanto, caso está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente nega qualquer irregularidade.
- Peculato: uso indevido de bens públicos por agentes do governo. Pena: reclusão de 2 a 12 anos, além de multa.
- Associação Criminosa: formação de grupo de três ou mais pessoas para prática de crimes. Pena: reclusão de 1 a 3 anos.
- Lavagem de Dinheiro: ocultação da origem ou movimentação de bens obtidos de forma ilícita. Pena: reclusão de 3 a 10 anos, além de multa.