O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou ao jornal The New York Times sua animação pelo convite que diz ter recebido para a posse do presidente reeleito dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para a próxima segunda-feira (20).
Bolsonaro afirmou estar “tão animado que não irá mais tomar Viagra”, que pede a Deus pela chance de “apertar a mão” de Trump durante o evento.
Bolsonaro irá a posse do Trump?
Mesmo com essa animação, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (16) a devolução do passaporte do ex-presidente.
Em fevereiro de 2024, autoridades impuseram a medida como parte das investigações sobre sua suposta participação em uma trama golpista.
Bolsonaro, inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), classificou a medida como um “estupro da democracia”.
Ele disse ao jornal que se sente “vigiado o tempo todo” e criticou Alexandre de Moraes. Por isso, ele disse que não teme ser julgado, mas sim “quem vai me julgar”
Elogios a Musk e Zuckerberg
Na entrevista, Bolsonaro elogiou os CEOs de grandes empresas da tecnologia, Mark Zuckerberg (Meta) e Elon Musk (X). Ainda mais, ele destacou suas posições contra a censura nas redes sociais.
Ele afirmou que “as redes sociais decidem eleições”.
Além disso, o ex-presidente declarou estar satisfeito com a decisão de Zuckerberg de encerrar a moderação de conteúdo nas plataformas da Meta, como Facebook e Instagram.
“Estou gostando do Zuckerberg. Bem-vindo ao mundo das pessoas boas, da liberdade”, comentou.
Argumentos jurídicos e interesse público
Os advogados de Bolsonaro reforçaram que o convite para a posse de Trump foi comprovado.
No entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) argumentou que a viagem não atende ao interesse público e busca apenas “satisfazer interesses privados”.
De acordo com o procurador-geral Paulo Gonet, a retenção do passaporte se justifica por “motivos de ordem pública”.
Enquanto Bolsonaro manifesta sua frustração com as restrições impostas, as investigações sobre seu suposto envolvimento em atos golpistas continuam.