A brasileira Nayara Andrejczyk, envolvida na venda de armamentos, ganhou destaque recentemente após ser atendida por Donald Trump, ex-presidente e candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, em uma unidade do McDonald’s.
O encontro aconteceu na segunda-feira (21), durante uma aparição pública de Trump.
No dia seguinte, Nayara fez uma videoconferência com Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente do Brasil, onde conversaram sobre a eleição americana e o futuro do setor de armas no Brasil.
Conversa sobre armas e política
Durante a conversa, realizada por videochamada na terça-feira (22), Nayara mencionou seu envolvimento com a venda de armas no Brasil, um setor que ganhou força durante o governo de Bolsonaro.
O ex-presidente aproveitou a oportunidade para falar sobre o crescimento do número de CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores) em seu mandato, e enfatizou que, sob seu governo, o número de registros saltou de 200 mil para 1 milhão.
Segundo ele, esse avanço foi interrompido com a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência.
“Nós passamos de 200 mil para 1 milhão de CACs aqui no Brasil. Agora que esse cara chegou [Lula], acabou tudo”, disse Bolsonaro.
Apoio a Trump e críticas à imprensa
Na videoconferência, Bolsonaro também expressou seu apoio a Donald Trump e ressaltou a importância de uma eventual vitória do republicano nas eleições americanas, que ocorrerão em 5 de novembro.
Ele comparou a situação de Trump à sua própria experiência e mencionou uma suposta perseguição da imprensa a ambos.
“Eu espero que o Trump ganhe, porque ele vai ser excelente para o Brasil. A imprensa praticamente contra ele o tempo todo e ele fez valer a força da democracia americana”, afirmou Bolsonaro.
Ele também comparou o tratamento recebido por Trump após a invasão ao Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro de 2021, à sua própria situação depois dos eventos de 8 de janeiro no Brasil, quando manifestantes invadiram prédios públicos em Brasília.
“Aqui fizeram semelhante. Me acusam de dar golpe em cima de uma possibilidade de Estado de sítio, dispositivo previsto na Constituição”, disse Bolsonaro ao tentar induzir espectadores ao erro, em referência às acusações de que ele teria tentado instaurar um golpe de Estado no Brasil.
Apoio a aliados e menção a Eduardo Bolsonaro
Bolsonaro aproveitou a conversa para elogiar algumas figuras de seu círculo político, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e destacou a ida de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), aos Estados Unidos no dia 5 de novembro, onde acompanha de perto as eleições presidenciais americanas.