Após uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada na sexta-feira (25), o clima esquentou entre o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (PL), e o deputado federal Gustavo Gayer (PL).
A operação incluiu um mandado de busca e apreensão na residência de Gayer, em Goiânia, por suspeita de desvios de verba pública.
Em resposta à ação, o deputado publicou um vídeo em suas redes sociais em que acusa Caiado de estar por trás da investigação e o chamou de “canalha”. “As suas chances de ser candidato a presidente no Brasil acabaram”, declarou Gayer.
Caiado, por sua vez, reagiu publicamente às acusações.
Na noite do domingo (27), o governador compartilhou um vídeo em suas redes sociais, respondeu às alegações do parlamentar e chamou Gayer de “comunistazinho”.
Em sua defesa, Caiado afirmou que não tinha nenhum envolvimento na operação da PF e justificou sua ida ao Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 22 de outubro, para uma reunião com o ministro Alexandre de Moraes, relacionada a questões ambientais de Goiás.
“Diante de uma mentira publicada pelo deputado federal Gustavo Gayer, que tenta distorcer o objetivo de uma reunião que tive no STF no dia 22 de outubro agora, esta semana, quero esclarecer o seguinte”, explicou Caiado.
No vídeo, Caiado também menciona detalhes da investigação da PF contra Gayer e alega que o parlamentar estaria nervoso por não querer assumir os crimes que teria cometido.
Segundo Caiado, um sócio do deputado teria feito relatos comprometedores sobre desvio de verbas em benefício do filho de Gayer.
No segundo turno das eleições municipais de Goiânia, os candidatos apoiados por Caiado e Gayer se enfrentaram diretamente.
Sandro Mabel (União Brasil), apoiado por Caiado, venceu a disputa contra Fred Rodrigues (PL), apoiado por Gayer, com 55,5% dos votos válidos contra 44,4%.