Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (26) pela Quaest, contratada pela Genial Investimentos, revela que a desaprovação ao terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu de forma expressiva em diversas regiões do País.
O levantamento, realizado entre os dias 19 e 23 de fevereiro, indica que mais da metade dos eleitores reprova a atual gestão em oito estados pesquisados, com índices superiores a 60% em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Minas Gerais (MG).
Além disso, o estudo mostra que a aprovação ao governo federal caiu drasticamente na Bahia e em Pernambuco, dois estados historicamente favoráveis ao presidente da República, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu com ampla margem em 2022. Pela primeira vez, a desaprovação numericamente supera a aprovação nessas localidades.
Números preocupantes para Lula em estados-chave
O levantamento da Quaest aponta uma deterioração significativa da imagem do governo nos maiores colégios eleitorais do País.
Dados revelam uma mudança de cenário político que pode influenciar diretamente as eleições presidenciais e as articulações para a sucessão em 2026.
São Paulo:
A reprovação ao governo subiu de 55,00% em dezembro de 2024 para 69,00% na pesquisa atual, um aumento de 14 pontos percentuais. A aprovação despencou de 43,00% para 29,00%.
Minas Gerais:
Em dezembro, 47,00% dos mineiros desaprovavam a gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Agora, esse índice saltou para 63,00%, um crescimento de 16 pontos. A aprovação, que antes era de 52,00%, caiu para 35,00%.
Rio de Janeiro:
A Quaest realizou pela primeira vez pesquisa com eleitores do estado: 64,00% desaprovam a gestão de Lula, enquanto 35,00% aprovam.
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Bahia e Pernambuco:
A região Nordeste, que foi peça-chave na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022, demonstra sinais de insatisfação.
Na Bahia, 50,00% dos eleitores agora desaprovam o governo, um aumento expressivo em relação aos 33,00% registrados em dezembro de 2024.
A aprovação, que era de 66,00%, caiu para 49,00%, um recuo de 17,00 pontos percentuais.
Pernambuco apresenta um quadro semelhante, com desaprovação de 50,00% e aprovação de 49,00%, uma queda de 16,00 pontos.
Economia e não cumprimento de promessas de campanha impulsionam rejeição
Especialistas apontam que a insatisfação crescente mantém relação direta com a condução da economia e a frustração com promessas de campanha que ainda não foram cumpridas.
De acordo com Felipe Nunes, diretor da Quaest, a percepção negativa sobre o governo atinge seu maior patamar desde o início do mandato.
Primeiro, Lula não consegue cumprir suas promessas. Esse percentual sempre foi alto, mas chegou ao seu maior patamar em janeiro de 2025: 65%. Ou seja, mais do que gerar esperança, o atual governo produz frustração na população, avaliou Nunes.
A percepção de que o governo não tem conseguido atender às demandas da população pode impactar diretamente a base de apoio do presidente e dificultar alianças políticas em futuras eleições.
