Política

Quase metade do Congresso desaprova governo Lula, aponta pesquisa

Novo levantamento aponta que 49,1% dos deputados e 46,2% dos senadores não aprovam a gestão do presidente Lula

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Agência Brasil/Marcelo Camargo

Além da queda da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre os brasileiros, o clima também é de desaprovação no Congresso Nacional. Um levantamento do Ranking dos Políticos revela que 49,1% dos deputados e 46,2% dos senadores não aprovam a gestão do petista.

A pesquisa aponta que 28,2% dos deputados consideram o governo Lula “ótimo” ou “bom”, enquanto 22,7% classificam sua gestão como “regular”. No Senado, 30,8% têm uma visão positiva, e 23% avaliam o governo como regular. 

Desaprovação do Lula 

A pesquisa também investigou como os congressistas avaliam a relação entre o governo Lula e o Legislativo. Entre os senadores, o cenário é um pouco mais equilibrado:

  • 53,8% veem a relação como ruim ou péssima;
  • 27% acreditam que é regular;
  • 19,2% avaliam de forma positiva.

Por outro lado, entre os deputados, a percepção é a seguinte:

  • 64,5% consideram a relação ruim ou péssima;
  • 10% a classificam como regular;
  • 25,5% a enxergam como ótima ou boa.

Reforma ministerial 

Para o diretor-geral do Ranking dos Políticos, Juan Carlos Arruda, a situação do governo na Câmara dos Deputados é mais desfavorável do que no Senado. No entanto, ele acredita que uma reforma ministerial pode ser um mecanismo para melhorar a popularidade de Lula. 

“A reforma ministerial pode ser uma ferramenta importante para o governo melhorar a relação no Congresso Nacional e facilitar a aprovação de sua agenda legislativa prioritária”, afirmou Arruda. 

Porém, a reforma dos ministérios está sendo criticada pelo centrão, principalmente pela demora. Líderes do centrão afirmam que aceitariam as indicações ministeriais, mas sem o compromisso automático de apoio à reeleição de Lula.

Pesquisa Ranking dos Políticos 

O levantamento foi realizado entre os dias 11 e 12 de fevereiro de 2025. Foram entrevistados 110 deputados federais de 18 partidos e 26 senadores de 11 legendas. 

Além disso, a coleta de dados ocorreu de forma presencial ou por telefone, com parlamentares respondendo a um questionário estruturado