A plataforma de previsões Polymarket declarou que não encontrou indícios de manipulação de mercado após receber grandes apostas a favor de Donald Trump na eleição dos EUA.
A alegação reforça a ideia de que os mercados de previsão refletem as informações disponíveis no momento, como afirmado pela Presto, empresa de análise financeira.
A Polymarket identificou que um cidadão francês com experiência no setor financeiro controlava as contas que totalizaram mais de US$ 45 milhões em apostas.
Liquidez no Polymarket
O volume de negociação diário da Polymarket, chega a US$ 65 milhões, expressivo, mas seu nível de liquidez ainda é baixo, com US$ 267 milhões em posições abertas.
Isso pode gerar flutuações inesperadas, como no caso de um trader que elevou acidentalmente as probabilidades de Trump para 99,7%.
“Nossa investigação até o momento não identificou nenhuma informação que sugira que esse usuário manipulou, ou tentou manipular, o mercado. Esse usuário concordou em não abrir mais contas sem aviso”, afirmou um porta-voz da Polymarket à Bloomberg.
Diferença entre Polymarket e pesquisas eleitorais
Adam Morgan McCarthy, da Kaiko, explica que as probabilidades dos mercados de previsão, como o Polymarket, são motivadas pelo interesse em acertar o resultado, enquanto as pesquisas eleitorais têm como objetivo medir tendências e intenções de voto em uma amostra.
“O objetivo dos usuários do Polymarket é escolher o vencedor — eles não se importam se é por um voto ou uma vitória esmagadora”, afirmou McCarthy.
Portanto, as probabilidades do Polymarket e as pesquisas eleitorais podem apontar direções distintas, pois seus focos e incentivos são diferentes.
“Embora a Polymarket possa ter entrado no debate público durante esta eleição, ela ainda está em sua infância, e seu poder preditivo permanece em debate”, afirmou Adam Morgan McCarthy.
Outra questão em relação a plataformas no mercado de apostas é o caso da Kalshi. Saiba mais sobre ele no MyCryptoChannel.
Resultado de pesquisa eleitoral
Faltando duas semanas para o pleito eleitoral nos Estados Unidos, Trump e Kamala Harris estão em uma situação de empate.
Segundo divulgação do The New York Times e do Siena College desta sexta-feira (25), ambos aparecem com 48% de intenção de voto cada.