O governo federal tenta reverter o crescimento da rejeição sobre a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após pesquisas. Uma das estratégias tem da Secretaria de Comunicação (Secom) foi apostar em mais entrevistas e discursos do presidente.
No entanto, algumas declarações recentes estão rendendo críticas e criando novas crises para a popularidade do governo.
Em entrevista, na manhã dessa quinta-feira (6), o chefe do Executivo deu uma declaração que repercutiu mal. Ao tratar da alta dos preços dos alimentos, Lula sugeriu que os brasileiros não comprem itens caros. Para o presidente, o movimento forçaria os preços a baixarem.
“Se você vai ao supermercado e desconfia que tal produto está caro, não compra. Olha, se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que abaixar [o preço] para vender, porque senão vai estragar”, disse o presidente em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia.
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Após a fala, opositores se posicionaram. O senador Ciro Nogueira (PP-PI) rebateu Lula e criticou o governo pela “falta de cortes de gastos nos ministérios, por não colocar gente competente nas estatais ou por não gerir melhor a economia”.
“Para o governo, basta que os brasileiros parem de comer, beber e se deslocar que os preços caem”, disse.
Além disso, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhou e ironizou o vídeo da declaração de Lula em suas redes sociais. A deputada federal Carol De Toni (PL-SC) também criticou Lula e afirmou que ele “resolveu jogar a culpa da inflação no próprio povo”.
