Escândalo

Fraude no INSS: Deputada do PSOL quer que governo Lula cubra rombo bilionário

A proposta foi encaminhada ao Ministério da Previdência Social na noite de quarta-feira (23)

Lula-governo
Aqueles que classificam a gestão do petista como ruim ou péssima oscilaram de 31% para 34% | Crédito: Agência Brasil

A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) protocolou uma indicação ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que solicita a abertura de um crédito extraordinário de R$ 6,30 bilhões.

O valor seria destinado a cobrir prejuízos causados por fraudes que envolve pensionistas do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social].

A proposta foi encaminhada ao Ministério da Previdência Social na noite de quarta-feira (23), e, segundo a parlamentar, a medida se justifica por se tratar de uma “despesa urgente e imprevisível”, com a finalidade de “mitigar danos materiais e psicológicos impostos a um grupo social vulnerável”.

Diante da gravidade e da extensão dos danos causados, o Estado brasileiro — por meio do Ministério da Previdência Social — deve assumir a responsabilidade de viabilizar a restituição imediata dos valores indevidamente subtraídos dos beneficiários, sem prejuízo das medidas judiciais e administrativas cabíveis para responsabilização dos envolvidos e eventual ressarcimento aos cofres públicos”, afirmou Melchionna.

Escândalo no INSS levou à queda do presidente do órgão

Os R$ 6,30 bilhões referem-se às fraudes que resultaram na demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, por decisão do presidente da República. A exoneração ocorreu após Stefanutto se tornar alvo de uma operação da Polícia Federal.

A investigação foi motivada por reportagens do portal Metrópoles, que, em março de 2024, revelou o crescimento anômalo no faturamento de vinte e nove entidades autorizadas a cobrar mensalidades associativas de aposentados. Essas entidades teriam aumentado em 300% seus ganhos ao mesmo tempo em que acumulavam mais de 60 mil processos por descontos indevidos.

De acordo com a Polícia Federal, o esquema de descontos irregulares sobre benefícios do INSS movimentou R$ 6,30 bilhões entre 2019 e 2024.