O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou Débora Floriano como presidente interina do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social] na quinta-feira (24), após a demissão de Alessandro Stefanutto. Stefanutto foi alvo de uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) que investiga fraudes em aposentadorias e benefícios.
Servidora do INSS desde 2008 e atualmente diretora de Orçamento, Finanças e Logística, Floriano afirmou que a entidade vai elaborar um plano para devolver os valores cobrados indevidamente de aposentados e pensionistas. Segundo ela, o plano depende ainda da apuração exata da fraude:
“Nós traremos oportunamente um plano onde serão abordadas, tratadas todas as informações, para, em seguida, em uma força-tarefa conjunta, promovermos o integral ressarcimento dos valores irregularmente descontados dos nossos segurados“, afirmou.
- A CGU e o INSS informaram que os descontos indevidos serão interrompidos já nos contracheques de maio.
Os valores descontados ilegalmente serão ressarcidos no mês seguinte.
Até o momento, as investigações estimam que cerca de R$ 2 bilhões já foram bloqueados. O total de descontos, desde 2019, pode chegar a R$ 6,30 bilhões.
Ainda não existe clareza sobre quanto desse montante foi obtido de forma fraudulenta. Ao menos onze entidades associativas são suspeitas de praticar os descontos ilegais, segundo a apuração.