O líder do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), declarou que está em debate a possibilidade de aumentar a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras como forma de compensar a desoneração da folha de pagamentos.
De acordo com Rodrigues, não houve resistência significativa dos líderes do Senado quanto à ideia de aumentar a CSLL dos bancos.
A discussão principal tem sido em relação ao impacto dessa medida em toda a cadeia produtiva.
“A proposta de aumentar a CSLL dos bancos não encontrou rejeição entre os líderes do Senado”, afirmou.
O político afirma considerar um aumento de 1 ponto percentual na CSLL como uma das opções para o relatório do senador Jaques Wagner (PT-BA).
Rodrigues adianta que a tributação do setor financeiro, especialmente dos bancos, tem sido considerada para compensar a desoneração.
O senador destacou que ainda não existe uma decisão final e que aumentar os impostos não seria a primeira escolha para equilibrar as contas após a desoneração da folha de pagamentos.
Ele também mencionou que o relatório do senador Jaques Wagner inclui todas as propostas do Senado Federal, além de prever cortes de despesas.
Rodrigues alertou que os cálculos do Ministério da Fazenda e da Receita Federal indicam que os projetos atuais propostos pelos senadores não são suficientes para cobrir as perdas fiscais decorrentes da desoneração.
Questionado sobre o prazo limitado para discutir e votar a desoneração, Rodrigues sugeriu a possibilidade de prorrogar o período para permitir que o Congresso Nacional e o governo federal cheguem a um consenso sobre o assunto.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.