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Governo Lula toma nova medida para tentar barrar alta no preço dos alimentos

Medida busca conter a alta no preço do diesel, que impacta diretamente o valor dos alimentos, já que grande parte do transporte no país é feito por caminhões

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O governo federal tomou uma nova medida para tentar barrar a alta dos alimentos, ao adiar o cronograma de aumento da mistura do biodiesel no diesel vendido nos postos de gasolina nesta terça-feira (18).

A decisão atinge o percentual de biodiesel, que será mantido em 14%, contrariando a previsão inicial de elevação para 15% a partir de 1º de março.

A medida foi tomada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e tem como objetivo conter a alta no preço do diesel, que impacta diretamente o valor dos alimentos, já que grande parte do transporte no país é feito por caminhões.

No final de janeiro, a Petrobras (PETR3)(PETR4) anunciou um reajuste no preço do diesel para as distribuidoras, o que gerou preocupação no governo, que busca evitar um novo repasse ao consumidor final.

A avaliação é que o aumento da mistura de biodiesel poderia pressionar ainda mais os preços.

Embora seja um combustível renovável e mais sustentável que o diesel fóssil, o biodiesel também é mais caro, o que encarece o custo final do combustível vendido nos postos.

Nas últimas semanas, seu preço vinha subindo, o que reforçou a decisão de manter a mistura no patamar atual.

Política de biodiesel e impacto no transporte

A adição de biodiesel ao diesel é uma política nacional, e as distribuidoras são obrigadas a comprar esse biocombustível para misturá-lo ao diesel fóssil, formando o chamado “diesel B”, que chega ao consumidor final.

O percentual da mistura é definido pelo CNPE, mas a lei do Combustível do Futuro, sancionada em outubro de 2024, estabelece que essa parcela deve variar entre 13% e 25%.

Com mais de 50% da carga transportada no Brasil circulando pelas rodovias, qualquer alta no preço do diesel tem impacto direto no custo de alimentos, remédios e outros produtos essenciais.

O combustível representa cerca de 35% do valor do frete, tornando-se um fator determinante para a inflação e para o poder de compra da população.