"Deve ter sido feita em 15 minutos'

Haddad contesta Quaest: 'nem dá para chamar de pesquisa'

Estudo aponta rejeição do mercado financeiro ao governo Lula, mas Haddad questiona metodologia no programa "Bom Dia, Ministro"

Crédito: Agência Brasil
Crédito: Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou nesta quinta-feira (20) a pesquisa da Genial/Quaest e disse que o estudo não possui base amostra confiável.

O último levantamento apontou uma queda na avaliação positiva da gestão pelo mercado financeiro. De acordo com a pesquisa, a aprovação caiu de 41% em dezembro para apenas 10% em março. 

Haddad contesta pesquisa Quaest 

Durante participação no programa “Bom Dia, Ministro”, da EBC, o ministro da Fazenda questionou o levantamento.

“Dizer que isso é uma pesquisa é dar um nome muito pomposo para uma coisa que deve ter sido feita em 15 minutos ali, num bairro”, afirmou Haddad. 

Ele ainda ironizou o número de entrevistados, que totalizaram 106 fundos de investimento sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro. “Com 100 pessoas, nem dá para chamar de pesquisa. Isso você faz numa mesa de bar“, destacou Haddad .

Levantamento mostra alta rejeição ao governo

A Quaest realizou a pesquisa entre os dias 12 e 17 de março e entrevistou gestores, economistas e analistas do setor financeiro.

Os dados revelaram que 88% dos entrevistados avaliam negativamente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , enquanto somente 4% possuem uma visão favorável. Além disso, 93% dos entrevistados acreditam que o governo segue uma diretriz equivocada em relação à política econômica. 

Sobre os responsáveis pela atual política econômica, 92% apontam o presidente da República, 5% citam o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Enquanto isso, 2% mencionam o Congresso Nacional e 1% mencionam o Banco Central (BC).

No entanto, Haddad afirma que um estudo com maior relevância deve ser feito em um ambiente como o Congresso Nacional.

Desafios econômicos

Haddad afirmou que na vida pública, há altos e baixos, e “consertar o país é difícil”, declarou. Ele destacou a necessidade de alinhamento entre diferentes setores para um projeto econômico.