Escândalo

Lula indica demissão de Silvio Almeida, ao afirmar: "alguém que pratica assédio não vai ficar no governo"

Presidente destacou a necessidade de apuração e direito à defesa, mas disse que é "impossível a continuidade no governo"

Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) | Tânia Rego, da Agência Brasil
Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) | Tânia Rego, da Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) afirmou que membros do governo acusados de assédio sexual não permanecerão no cargo, referindo-se ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, que recebeu acusações de assédio na última quinta-feira (5).

Lula destacou a necessidade de apuração e direito à defesa, mas disse que é “impossível a continuidade no governo” de alguém acusado de assédio.

As denúncias contra Almeida foram confirmadas pela organização Me Too Brasil, que relatou dificuldades das vítimas em obter apoio institucional.

A princípio, o portal Metrópoles, que divulgou primeiro a história, apontou que uma delas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A Folha de S.Paulo confirmou as informações.

“A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico”, diz a nota.

Nesse sentido, o governo reconheceu a gravidade das acusações e informou que o ministro prestará esclarecimentos à Advogacia-Geral da União e à Controladoria-Geral da União (CGU).

A Comissão de Ética da Presidência abrirá procedimento para apuração. Silvio Almeida negou as acusações e alega que são infundadas e visam prejudicá-lo.