Lula concorrerá a presidência em 2026? O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (8), em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional, que está aberto à reeleição nas próximas eleições, caso não surja outra alternativa para enfrentar a extrema-direita.
Em sua declaração, o mandatário de 79 anos deixou claro que a decisão dependerá das circunstâncias políticas do momento.
Lula mantém cautela sobre futuro político
Questionado sobre suas intenções para as eleições de 2026, Lula destacou que não tomará decisões precipitadas.
“2026 eu vou deixar para pensar em 2026. Tem vários partidos que me apoiam, e eu vou discutir isso com muita sobriedade”, afirmou, enfatizando a necessidade de uma discussão responsável sobre o futuro da política nacional.
O presidente, que conclui seu atual mandato em 2026, já havia manifestado anteriormente que preferiria não concorrer à reeleição e se dedicaria a formar um sucessor.
Porém, Lula não descartou a possibilidade de sua candidatura, deixando claro que, caso os partidos não encontrem uma outra liderança capaz de enfrentar o espectro da extrema-direita, ele estará preparado.
“Se chegar na hora e os partidos entenderem que não tem outro candidato para enfrentar uma pessoa de extrema-direita, que seja negacionista, que não acredita na medicina, que não acredita na ciência, obviamente que eu estarei pronto para enfrentar, destacou o presidente.
Contexto da polarização política
O cenário político brasileiro continua marcado por uma forte polarização, com a direita.
A recente eleição municipal deste ano demonstrou a força de partidos à direita, refletindo uma divisão acentuada no eleitorado.
Mesmo com Bolsonaro inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aliados de Lula acreditam que o presidente ainda é a figura capaz de aglutinar forças contra a oposição e evitar o retorno de um governo de viés conservador.
Perspectivas de Lula para política internacional
Durante a mesma entrevista, Lula abordou também questões internacionais. Falando sobre a relação com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente brasileiro reforçou a expectativa de uma relação respeitosa.
Ele também insistiu que todos os países devem assumir responsabilidades na preservação do planeta.
“O presidente Trump tem de pensar como um habitante do planeta Terra”, afirmou, destacando o papel crucial dos Estados Unidos nas questões globais, como a mudança climática e a preservação de biomas importantes como a Amazônia.