O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) anunciou neste domingo (3) a desfiliação oficial de Manuela d’Ávila, ex-deputada e vice na chapa de Fernando Haddad (PT) durante a eleição presidencial de 2018.
Manuela, que esteve filiada ao partido por mais de duas décadas, afirmou que sua saída ocorreu por “falta de opção”.
Em nota, o PCdoB expressou respeito pela decisão de Manuela, embora tenha lamentado sua saída. Segundo o comunicado, a sigla empreendeu um “diálogo persistente” com a ex-deputada na tentativa de mantê-la nos quadros partidários.
“Convictos de que no PCdoB Manuela poderia desempenhar papéis relevantes para a reconstrução do país, nesse momento de grandes exigências da luta de classes no Brasil e no mundo, empreendemos com ela um diálogo persistente e respeitoso, no esforço para que o desfecho fosse outro”, disse o partido.
A própria Manuela já havia anunciado sua intenção de sair do PCdoB no dia 16 de outubro, quando comentou a decisão em entrevista ao portal ICL Notícias.
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Ela afirmou que o motivo de sua desfiliação não foi uma escolha deliberada, mas sim a falta de condições de encontrar um caminho claro a seguir dentro do partido.
“Depois de 25 anos em um único partido, eu não sou uma mulher sem partido por opção, eu sou por falta de opção, por falta de condições de qual caminho seguir. (…) Hoje, eu sou uma mulher sem partido, por isso posso criticar todos eles”, declarou a ex-deputada.
Durante sua trajetória no PCdoB, Manuela d’Ávila desempenhou papéis de destaque. Ela iniciou sua carreira política como vereadora de Porto Alegre, cargo que ocupou entre 2005 e 2007.
Logo depois, foi eleita deputada federal, posição que manteve de 2007 a 2015. Posteriormente, tornou-se deputada estadual no Rio Grande do Sul, servindo entre 2015 e 2019.
Ao longo dos anos, Manuela também foi candidata à prefeitura de Porto Alegre em três oportunidades, embora não tenha sido eleita.
