O empresário, ex-coach, influenciador digital e candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), passou a ter seu nome analisado pelo mercado financeiro como um potencial candidato presidencial para 2026.
A informação veio à tona após bancos de investimento da Faria Lima, região de São Paulo (SP) que abriga grandes instituições financeiras, encomendarem pesquisas de intenção de voto com o nome de Marçal incluído entre os presidenciáveis.
As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Como Marçal performa nessas pesquisas de intenção de voto
De acordo com fontes próximas às investigações, os levantamentos realizados ainda estão em fase preliminar, com relatórios elaborados para avaliar a presença e o impacto nacional do nome de Marçal.
Apesar do interesse do mercado financeiro, isso não confirma a candidatura de Marçal, mas reflete o desejo de compreender como cenários políticos podem influenciar o ambiente econômico.
Possível candidatura e o histórico político de Marçal
Pablo Marçal já tentou a presidência em 2022 sem sucesso e demonstrou ambição pelo cargo novamente.
Em uma recente participação no programa Roda Viva, ele afirmou que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva somente perderia em 2026 se estivesse morto, e posicionou-se como um potencial favorito caso isso ocorra.
Marçal surgiu com destaque na disputa pela Prefeitura de São Paulo em maio, e empatou em primeiro lugar com Guilherme Boulos (PSOL) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) no levantamento mais recente do Datafolha.
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Como Marçal modula seu discurso à estratégia político-motivacional
Marçal tem adotado uma abordagem agressiva e motivacional, e frequentemente desrespeita regras eleitorais e organizadores de debates.
Seu discurso, semelhante ao do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018, traz tons antissistema e agressivo, e busca captar o eleitorado bolsonarista, o que tem gerado tensão com políticos alinhados ao líder de extrema-direita, especialmente dado o apoio formal do ex-presidente a Ricardo Nunes nesta eleição municipal.
Como a direita observa Marçal num possível cenário presidencial de 2026
A presença de Marçal tem causado um curto-circuito no campo bolsonarista, com o ex-presidente e seus filhos em confronto com o influenciador.
Com o ex-presidente inelegível até 2030, a corrida presidencial de 2026 se organiza em torno de dois blocos principais: o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o de seus indicados e os nomes da direita, como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), cada um com diferentes graus de alinhamento com o bolsonarismo.
O que pensa Marçal para a economia?
O pensamento econômico de Pablo Marçal ainda não ficou claro. Ele passou a ser conhecido por frases de efeito e conteúdos motivacionais em suas redes sociais, sem uma base econômica clara.
Em seus vídeos, Marçal afirma ser dono de um banco, o General Bank, que, de acordo com o site Metrópoles, seria, na verdade, um intermediário que cobra ilegalmente R$ 45 para abertura de contas em outras instituições.
Marçal, no entanto, declarou no programa Roda Viva que a entidade estava em “teste”.
As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
