Investigado pelo inquérito de milícias digitais

Moraes pede extradição do bolsonarista Oswaldo Eustáquio

O pedido de extradição foi formalmente encaminhado ao Ministério da Justiça, que, por sua vez, já enviou o ofício ao Ministério das Relações Exteriores

Reprodução: Wilson Dias/Agência Brasil
Reprodução: Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou a decisão de solicitar a extradição do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que atualmente se encontra na Espanha como um foragido.

O pedido de extradição foi formalmente encaminhado ao Ministério da Justiça, que, por sua vez, já enviou o ofício ao Ministério das Relações Exteriores.

O porquê das investigações e do pedido de prisão de Oswaldo Eustáquio

Oswaldo Eustáquio desponta como um dos alvos do inquérito relacionado às milícias digitais, controlado por Alexandre de Moraes.

Em agosto, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação em que visava cumprir um novo mandado de prisão contra o blogueiro.

Contudo, a ação não pôde ser efetivada, uma vez que Eustáquio não se encontrava em território brasileiro durante a operação.

Comparação com Allan dos Santos

A situação de Eustáquio se assemelha à de outro blogueiro, Allan dos Santos, que reside nos Estados Unidos e enfrenta múltiplos pedidos de prisão.

Acusações contra Oswaldo Eustáquio se acumulam

As acusações contra Eustáquio são graves: ele teria utilizado as redes sociais da sua filha menor de idade para atacar investigadores e delegados da Polícia Federal (PF), inclusive Fábio Alvarez Shor, que lidera os inquéritos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Até o momento, a defesa do blogueiro não se manifestou publicamente sobre as acusações.

Como se manifesta a Polícia Federal?

Em uma nota oficial, a Polícia Federal declarou que “no curso da investigação foram identificadas ações expostas a expor e intimidar policiais federais e seus familiares, que atuam em inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal, como forma de causar embaraço às apurações”.

A PF ressaltou a gravidade das práticas investigadas e afirmou que “os investigados chegaram a empregar crianças e adolescentes e seus perfis em redes sociais para a prática das condutas, valem-se de sua condição de menoridade para ocultar sua verdadeira autoria”.

As informações são do jornal Valor Econômico.