Os Estados Unidos da América (EUA) elaboraram um rascunho de um plano para pôr fim ao conflito entre Israel e o Hezbollah, com a proposta de um cessar-fogo por sessenta dias.
No entanto, essa proposta permite que Israel mantenha suas operações aéreas sobre o Líbano, e utilize seus aviões de guerra, de acordo com o site Sputnik Brasil.
De acordo com o rascunho, as forças israelenses teriam a permissão para se concentrar em ações contra o Hezbollah, com base no argumento de “autodefesa contra ameaças iminentes a Israel” .
Além disso, a proposta permite que os aviões de guerra israelenses continuem suas atividades de “inteligência, vigilância e reconhecimento” sobre o território libanês.
Essas informações foram divulgadas por meio de um documento vazado para a emissora estatal israelense, Kann, na noite de quarta-feira, 30 de outubro.
O vazamento do rascunho ocorreu horas antes da chegada dos enviados dos EUA, Amos Hochstein e Brett McGurk, a Israel, onde eles pretendem discutir os esforços de Washington para acabar com o conflito.
Autoridades americanas confirmaram a autenticidade do documento e informaram que ele seria apresentado ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Contudo, foi destacado que o rascunho passou por edições desde a sua datação, o que levantou questionamentos sobre suas diretrizes finais.
O foco do governo dos EUA tem sido a implementação da resolução 1.701, da Organização das Nações Unidas (ONU), que buscou encerrar a última guerra entre Israel e Hezbollah em 2006.
Essa resolução pede a retirada do Hezbollah da fronteira sul do Líbano e a interrupção dos voos israelenses sobre o Líbano.
No entanto, até o momento, essa resolução não foi completamente implementada por nenhum dos lados envolvidos no conflito.
Como a proposta foi recebida pelos libaneses?
Fontes próximas ao governo libanês expressaram que o rascunho ainda seria considerado “inaceitável”.
De acordo com essas fontes, os anexos do plano confeririam a Israel a capacidade de realizar ataques “em autodefesa” no Líbano e garantiriam que o Hezbollah não pudesse “se reconstituir” no sul do País.
Egito se manifesta
No contexto das tensões na região, o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, também fez um apelo ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o CSNU, e solicitou a aprovação de uma resolução que apoie uma intervenção internacional na Líbia.
Recentemente, o Egito propôs uma trégua curta em Gaza, e sugeriu uma pequena troca de reféns e prisioneiros, conforme informações divulgadas pela mídia no dia 28 de outubro.
O que diz o novo líder do Hezbollah?
Em um discurso televisionado na quarta-feira, o novo líder do Hezbollah, Naim Qassem, declarou que o grupo estaria disposto a aceitar o fim do conflito e um cessar-fogo, contanto que isso ocorra “em nossos termos”.
Ele ressaltou que as discussões políticas realizadas até o momento não produziram resultados significativos, o que indica que as negociações ainda enfrentam desafios consideráveis.
As informações são de Sputnik Brasil.