Política

O que acontece na política - Jair Bolsonaro indiciado pela PF; Pressão na Saúde; Reforma Tributária

Com ex-presidente inelegível e o avançar das investigações, aliados do ex-presidente passaram a discutir abertamente um cenário em 2026 com Tarcísio de Freitas

- Wilson Dias/Agência Brasil
- Wilson Dias/Agência Brasil

Nesta terça-feira (19), o blog da jornalista Daniela Lima, do g1 e da GloboNews, revelou com exclusividade que a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas de COVID-19.

O ex-mandatário deu a ordem para emitir certificados de vacinação para ele e filha, disse Mauro Cid em delação.

Outras dezesseis pessoas foram indiciadas, como o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) – ambos indiciados por crimes de inserção e falsificação. Além disso, Cid foi indiciado por uso indevido de documento falso.

Andreia Sadi, do g1 e da GloboNews, revelou que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) veem associação de fraude do cartão de vacinação à dinâmica da tentativa de golpe de Estado.

E por falar em Cid…

O Exército bateu o martelo e decidiu não promover o tenente-coronel Mauro Cid a coronel, informou a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo. O resultado do escrutínio deve ser divulgado nos próximos dias.

Além disso, a coluna de Igor Gadelha, do site Metrópoles, revelou que o acordo de colaboração premiada de Mauro Cid com a Polícia Federal prevê que, se ele for condenado, sua pena não pode ultrapassar dois anos de prisão.

Ainda na quadra do golpe…

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), validou trinta e quatro acordos de não-persecução penal firmados entre a Procuradoria-Geral da República (PGR) e acusados de envolvimento nos atos de 8 de Janeiro – quando foram invadidas e depredadas as sedes dos Três Poderes.

As informações são de g1.

Depois de tanto bater no STF…

Diante da dificuldade da construção da tese da anistia via Congresso Nacional, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentam melhorar a relação com o Supremo Tribunal Federal (STF) e diminuir a probabilidade — hoje nas alturas — do político ser condenado, informou o colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles.

E mais temores pela Esplanada…

O ministério da Defesa e os quartéis generais torcem para que a Polícia Federal (PF) não aceite a oferta de um novo depoimento do almirante Almir Garnier, o único dos três comandantes que apoiou o golpe e colocou “as tropas da Marinha” à disposição de Bolsonaro para a aventura, informou a colunista Eliane Cantanhêde, do jornal O Estado de S.Paulo.

Freire Gomes e Baptista Jr. são apenas testemunhas, e Garnier, investigado, decidiu ficar calado da primeira vez.

As partes temem que, ressentido, com raiva, Garnier tente desmentir e incriminar o general e o brigadeiro, que se sentiram liberados a contar tudo depois de o general Walter Braga Neto “quebrar o espírito de corpo militar” e deram versões semelhantes.

Rei morto (?), rei posto…

Com Jair Bolsonaro inelegível e o avançar das investigações, aliados do ex-presidente passaram a discutir abertamente um cenário em 2026 com Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo (SP), candidato em uma cabeça de chapa na próxima eleição presidencial, informou a jornalista Andreia Sadi, do g1 e da GloboNews.

Na quadra da Saúde…

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou Nísia Trindade, ministra da Saúde, a fazer uma limpeza geral nos hospitais federais do Rio de Janeiro (RJ). 

Durante a reunião ministerial da última segunda-feira (18), o petista reclamou da demora do governo federal em reagir aos casos de dengue, mas mandou um recado para o PT e para o bloco parlamentar Centrão, que pressionam pela queda da titular da Pasta, e disse que ela não sai.

As informações são do blog de Valdo Cruz, do g1 e da GloboNews.

 

No estica e puxa do Orçamento…

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), admitiu nesta terça-feira (19) que as propostas para mudanças no Imposto de Renda (IR) serão enviadas depois do prazo legal fixado na lei, promulgada no fim do ano passado, da Reforma Tributária.

As informações são de g1 e TV Globo.