O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou aos integrantes da área política de seu governo para uma reunião de emergência nesta sexta-feira, 19 de abril, em Brasília (DF), apurou Julia Duailibi para o seu blog, no g1.
O encontro que deveria acontecer pela manhã – antes da cerimônia ao Dia do Exército -, foi transferido para a hora do almoço.
Na reunião, o petista deve decidir quando e como vai receber o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que pediu agenda com o presidente por meio de Rui Costa, ministro da Casa Civil.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), que estava nos Estados Unidos, antecipou a volta para o Brasil. Embora tenha agenda em São Paulo, o político pode participar da reunião emergencial.
O que bolsonaristas querem do STF…
O líder do PL no Senado Federal, Carlos Portinho (RJ), informou uma conversa tensa com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a relação do Congresso Nacional com o Supremo Tribunal Federal (STF).
"Eu chamei até a atenção numa conversa mais ríspida que tivemos na reunião de líderes. Cabe a ele, até por ser um jurista e uma pessoa moderada de fato, conduzir, liderar essa discussão", relatou Portinho em entrevista ao Papo com Editor, programa semanal do Broadcast Político.
De acordo com o líder do PL, ele sugeriu a Pacheco promover um almoço com os onze ministros da Corte e todas as lideranças do Senado Federal.
"A gente tem que sentar na mesa. E o presidente Pacheco me perguntou, 'mas você vai propor o quê?'. Eu falei que não sou o senhor da razão. A gente precisa abrir o diálogo. Do jeito que está não está bom. Não está bom para a democracia, não está bom para o País", contou.
A conversa ocorreu antes da visita surpresa do ministro Alexandre de Moraes, ao Senado Federal, na última quarta-feira (17).
As informações são da Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S.Paulo.
E ainda sobre o STF…
Em sua coluna no jornal O Estado de S.Paulo, Eliane Cantanhêde alerta para a falta de coordenação no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que atinge agora até mesmo o Ministério da Fazenda, que, na avaliação dela, havia chegado ao fim de 2023 muito bem sucedido no comando de Fernando Haddad (PT).
"Mas não tenham dúvida: Lira tem faro, tentou fazer uma inflexão não só ainda mais à direita, mas contra o governo e o próprio STF. Assim como ele, também o eleitor e a eleitora também têm faro e percebem muito bem como e para onde as coisas caminham", escreveu a jornalista.
As informações são da coluna de Eliane Cantanhêde, no jornal O Estado de S.Paulo.