Israel e Irã trocaram ameaças durante uma tensa reunião do Conselho de Segurança da ONU, nesta quarta-feira (2), em meio a preocupações de uma guerra mais ampla no Oriente Médio.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu pelo fim do ciclo de violência, alertando que “o tempo está se esgotando”. A reunião ocorreu após Israel lançar um ataque terrestre contra o Hezbollah, grupo militante apoiado pelo Irã, e o Irã retaliar com mísseis.
“Esse ciclo mortal de violência do tipo olho por olho precisa parar”, afirmou Guterres durante o encontro do conselho.
Defesa de Israel
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, afirmou que Israel agiria para se defender e advertiu que as consequências para o Irã seriam severas.
“Israel se defenderá. Nós vamos agir. E deixe-me assegurar-lhe que as consequências que o Irã enfrentará por suas ações serão muito maiores do que eles jamais poderiam imaginar”, disse Danon.
Resposta do Irã
Em resposta, o embaixador iraniano, Amir Saied Iravani, defendeu que o ataque de mísseis foi uma medida de dissuasão e alertou que o Irã tomaria outras medidas defensivas se necessário.
“O Irã está totalmente preparado para tomar outras medidas defensivas, se necessário, para proteger seus interesses legítimos e defender sua integridade territorial e soberania contra quaisquer atos de agressão militar e o uso ilegal da força”, declarou Iravani.
Apoio dos EUA a Israel
Os Estados Unidos reiteraram seu apoio a Israel, com a embaixadora Linda Thomas-Greenfield declarando que o Irã seria responsabilizado por suas ações.
“E alertamos com veemência o Irã – ou seus representantes – contra tomar medidas contra os Estados Unidos ou outras medidas contra Israel”, completou a embaixadora.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, condenou ontem (1) o recente ataque iraniano com mísseis contra Israel, classificando-o como “inaceitável”, e enfatizou que o mundo deveria condenar a escalada de violência.
A França, por sua vez, apelou à unidade do Conselho de Segurança para reduzir a tensão, enquanto os EUA e Israel pediram sanções mais duras contra o Irã.