
As bancadas estaduais no Congresso Nacional destinaram apenas 20% dos R$ 14,2 bilhões em emendas para obras em 2025, em contrariedade à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que exige investimento em projetos estruturantes.
Em vez de aplicar os recursos em grandes projetos de infraestrutura, 58% das emendas foram alocadas para custeio de serviços, enquanto 22% foram destinados à compra de máquinas e equipamentos. Essa divisão permite que parlamentares distribuam os valores entre suas bases eleitorais, em benefício a prefeitos aliados.
A estratégia adotada pelos congressistas gerou críticas de especialistas em contas públicas e do próprio STF.
A lei aprovada em dezembro previa maior transparência na alocação de recursos, mas os parlamentares encontraram brechas para manter o direcionamento individualizado.
Nos últimos anos, houve um crescimento de 303% nas transferências diretas para municípios, enquanto os repasses para estados permaneceram estagnados.