Política

PEC 6X1 já acumula 134 assinaturas: veja opinião de Alckmin e do Ministério do Trabalho

Alckmin vê tendência mundial na redução da escala 6x1; Ministério do Trabalho apoia debate e PEC recebe forte adesão no Congresso

Geraldo Alckmin
Geraldo Alckmin | Foto/Cadu Gomes - VPR

Nesta terça-feira (12), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a redução da escala de trabalho 6×1 “é uma tendência no mundo inteiro”. 

A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa após seu discurso na COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão. 

Segundo Alckmin, embora o tema ainda não tenha sido discutido oficialmente no governo, ele acredita que a sociedade e o Parlamento precisam debater o assunto.

“À medida em que a tecnologia avança, você pode fazer mais com mens pessoas, você [poderia] ter uma jornada menor. Então, esse é um debate que cabe à sociedade e ao Parlamento”, destacou. 

PEC ganha força no congresso

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), visa a redução da escala de trabalho 6×1. 

Com forte repercussão nas redes sociais, a proposta já recebeu o apoio de 134 deputados até a última segunda-feira (11). 

Porém, ainda faltam 37 assinaturas para alcançar as 171 necessárias para que a PEC comece a tramitar no Congresso.

O que muda com a PEC 6X1? 

A PEC propõe a manutenção da jornada diária de oito horas, mas sugere a redução da carga semanal de 44 para 36 horas, o que viabilizaria um modelo de trabalho de quatro dias por semana sem redução salarial. 

O modelo de jornada reduzida já é uma realidade em países como Alemanha, França, Bélgica, Islândia e Reino Unido. 

Opinião do Ministério do Trabalho 

Em nota divulgada na última segunda-feira (11), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) manifestou apoio ao debate sobre a redução da jornada semanal, afirmando que essa mudança seria “plenamente possível e saudável.” 

No entanto, o MTE defendeu que a questão deveria ser abordada em convenções e acordos coletivos entre empresas e trabalhadores, respeitando as especificidades de cada setor.

“O Ministério tem acompanhado de perto o debate sobre o fim da escala de trabalho 6×1. Esse é um tema que exige o envolvimento de todos os setores em uma discussão aprofundada e detalhada, levando em conta as necessidades específicas de cada área, visto que há setores da economia que funcionam ininterruptamente”, destacou a pasta, atualmente liderada por Luiz Marinho, que compartilhou a nota em suas redes sociais.