A Petrobras (PETR3)(PETR4) anunciou na quarta-feira (4) a nomeação de Rodrigo de Melo Teixeira para o Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (CSMS) da estatal.
A informação foi inicialmente divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pela reportagem.
Perfil de Rodrigo de Melo Teixeira
Rodrigo de Melo Teixeira, atualmente o número três da Polícia Federal (PF), traz consigo uma vasta experiência em segurança e meio ambiente.
Teixeira atuou como secretário adjunto da Secretaria de Defesa Social e presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais durante o governo do ex-governador Fernando Pimentel (PT), entre 2015 e 2018.
Em 2018, assumiu a superintendência da PF em Minas Gerais (MG), onde supervisionou as investigações do atentado ao ex-presidente Jair Bolsonaro durante um evento político em Juiz de Fora.
Experiência e ligação política
Além de suas funções na PF, Teixeira também foi Secretário Municipal na Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção de Belo Horizonte, cidade que na época era administrada por Alexandre Kalil.
Kalil, ex-prefeito de Belo Horizonte, foi candidato ao governo de Minas Gerais na eleição de 2022 pelo PSD, chapa na qual Alexandre Silveira (PSD-MG), atual ministro de Minas e Energia (MME), também se lançou ao Senado Federal.
Salário e processo de seleção
Rodrigo Teixeira vai receber um salário mensal de R$ 6.900 pela sua posição na Petrobras, apontaram informações disponíveis na página de Transparência da estatal.
Em nota, a Petrobras ressaltou que “o nome de Rodrigo Teixeira passou por análises criteriosas de cumprimento de requisitos de integridade e requisitos legais de experiência, que levam em conta as características específicas do Comitê”.
Mudanças na gestão da Petrobras (PETR3)(PETR4)
A recente mudança na gestão da Petrobras também inclui a ampliação da presença de governo e sindicatos, conforme revelou a Folha de S.Paulo.
A publicação destacou dezessete trocas em gerências-executivas, o que representa uma importante mudança na hierarquia da estatal.
Já o Poder360 destacou que trinta e quatro nomes foram substituídos em postos-chave desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ascendeu ao Palácio do Planalto pela terceira vez.
Dentre as novas nomeações, quatro pessoas vieram de fora da Petrobras: três ligadas à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e uma ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Novas Nomeações e Experiência
Eduardo Costa Pinto assumiu a gerência-executiva na área de Exploração e Produção, enquanto William Nozaki e Rodrigo Leão foram nomeados para a diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade.
Todos são egressos do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), criado pela FUP para promover pesquisas sobre o setor.
O gerente-executivo vinculado ao PT, Wellington Cesar Silva, antes era assessor jurídico da Casa Civil e recentemente assumiu o cargo de advogado-geral da Petrobras.
Reação e justificativas da Petrobras
Na época das nomeações, a Petrobras afirmou que a renovação nas gerências era uma consequência natural da troca de comando na presidência, com a chegada de Magda Chambriard e de três novos diretores.
A empresa destacou que todos os indicados passaram pelo crivo dos controles internos de governança.
Magda Chambriard assumiu a presidência da Petrobras após a demissão do ex-senador pelo PT, Jean Paul Prates.
A substituição ganhou destaque após Prates ter se abstido de uma votação crucial sobre dividendos extraordinários do lucro de 2023.
Após a demissão de Prates, a companhia enfrentou uma perda de R$ 55,70 bilhões em um período de três dias.
As informações são do jornal Folha de S.Paulo.