A Polícia Civil de Goiás (GO) investiga o deputado federal Professor Alcides Ribeiro, do PL, por manter uma suposta relação íntima com um adolescente menor de 18 anos.
Nesta quinta-feira (12), policiais deflagraram a Operação Peneira, e cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão contra três pessoas envolvidas em um crime relacionado a tentativa de apagar provas da suposta relação entre o parlamentar e o jovem.
De acordo com as autoridades, a operação visa comprovar a tentativa de ocultar provas, como fotos, vídeos e conversas armazenados nos aparelhos eletrônicos do menor, que supostamente comprovariam a relação íntima entre o deputado Alcides Ribeiro e o adolescente.
Entre os três presos, estão um segurança que trabalha para o parlamentar e mora na casa de Ribeiro em Aparecida de Goiânia (GO), além de um assessor do deputado que trabalha em Brasília (DF).
Ação da Polícia Civil: roubo e ameaças com uso de armas de fogo
A Polícia Civil acredita que os dois suspeitos teriam invadido a residência do adolescente, armados, e feito com que o menor entregasse os aparelhos eletrônicos e fornecesse a senha de seu iCloud para deletar imagens comprometedores.
Eles são acusados de roubo majorado e ameaça pelo uso de armas de fogo, com o objetivo de esconder as provas relacionadas à relação íntima entre Ribeiro e o adolescente.
Professor Alcides se pronuncia e investigações seguem em curso
Em contato com a imprensa, o deputado federal Alcides Ribeiro confirmou que se deslocava para Goiás e prometeu se pronunciar sobre o caso em breve.
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia segue à frente das investigações para apurar todos os envolvidos e os detalhes do crime.
Em um comunicado à imprensa, a Polícia Civil de Goiás divulgou o seguinte:
“A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia – 2ª DRP, deflagrou, nesta quinta-feira (12/12), a Operação Peneira para cumprimento de três mandados de prisão e três mandados de busca e apreensão na casa de investigados, os quais cometeram crime de roubo majorado pelo concurso de pessoas e ameaça por meio da utilização de armas de fogo, em detrimento de um adolescente, em Aparecida de Goiânia.”
“O referido crime hediondo teria por fim apagar vídeos, fotos e conversas armazenados nos aparelhos telefônicos, bem como salvos no iCloud, com o objetivo de ocultar relação íntima entre o adolescente e um parlamentar.”
“A DPCA de Aparecida passou a diligenciar para qualificar e localizar os investigados, os quais restringiram a liberdade do adolescente, o qual foi ameaçado com a utilização de armas de fogo para que entregasse os aparelhos telefônicos e fornecesse a senha do ICloud.”
A Polícia Civil de Goiás afirmou que continua com a investigação e pode apurar novos crimes relacionados ao caso.
Um histórico do professor Alcides
Alcides Ribeiro, eleito deputado federal pelo PL de Goiás, tem se envolvido em diversas polêmicas ao longo de sua carreira política.
O parlamentar já foi candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia em outubro deste ano, e recebeu o apoio de figuras proeminentes como o ex-presidente Jair Bolsonaro, filiado ao PL.
Apesar de seu apoio político, Ribeiro não venceu a eleição, e terminou em segundo lugar atrás de Leandro Vilela, do MDB.
O deputado federal também gerou controvérsias em outras ocasiões, como quando se envolveu em um incidente de discussão com uma aluna na faculdade onde atua como diretor em Goiânia.
Ribeiro, por sua vez, tem se destacado por suas declarações polêmicas, como chamar deputadas do PT de “loucas” em discursos no plenário.
Além das recentes acusações de relações íntimas com menor, o deputado federal já foi alvo de outras acusações graves no passado.
Em 2016, o senador Jorge Kajuru acusou Alcides Ribeiro de envolvimento em crimes sexuais, e gerou ainda mais especulações sobre o comportamento do parlamentar.
Recentemente, o deputado federal foi novamente citado em um contexto de suspeitas de pedofilia, com várias denúncias feitas por adversários políticos. Contudo, ele nunca foi condenado ou processado oficialmente por tais acusações.
As informações são do site Metrópoles.