Uma pesquisa da Quaest, divulgada nesta segunda-feira (27), revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um cenário desafiador: pela primeira vez, sua reprovação (49%) supera numericamente sua aprovação (47%) desde o início da série histórica, em fevereiro de 2023.
O levantamento, encomendado pela Genial Investimentos, foi realizado entre os dias 23 e 26 de janeiro, com 4,5 mil entrevistados em todo o Brasil e margem de erro de 1 ponto percentual.
Nordeste: um alerta para a base eleitoral
Embora o Nordeste ainda seja a região com maior apoio a Lula, a aprovação caiu de 67% para 60% desde dezembro, enquanto a reprovação subiu de 32% para 37%.
Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, a perda de apoio na região e entre eleitores de baixa renda é um sinal de que o governo enfrenta dificuldades em manter sua base.
Economia e promessas não cumpridas pesam
O principal fator para a queda na popularidade de Lula é a percepção negativa sobre sua gestão econômica e o descumprimento de promessas de campanha.
Para 65% dos entrevistados, o presidente não tem conseguido entregar o que prometeu, o maior índice já registrado.
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A visão de que o Brasil está indo na direção errada também prevalece, com 50% dos eleitores compartilhando dessa opinião.
Impacto por gênero, idade e renda
A reprovação de Lula entre os homens é de 52%, contra 45% de aprovação. Entre as mulheres, os números são mais equilibrados, com 49% aprovando e 47% reprovando.
Os eleitores de 16 a 34 anos reprovam majoritariamente o governo (52%), enquanto entre os de 60 anos ou mais, 52% ainda o aprovam.
Na faixa de renda de até dois salários mínimos, a aprovação segue alta (56%), mas caiu significativamente em relação aos 63% de dezembro.
Polêmica do Pix
A polêmica envolvendo rumores de taxação do Pix também prejudicou o governo. Para 66% dos entrevistados, o governo errou mais na condução do episódio.
Problemas do Brasil: violência lidera
Quando perguntados sobre os principais problemas do país, os brasileiros apontaram a violência (26%) como a maior preocupação, seguida por questões sociais (23%) e economia (21%).
