
O agora ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), pediu demissão do cargo após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita de desvio de emendas parlamentares, quando era deputado federal.
A decisão foi tomada em conversa direta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante sua visita a Honduras para a 9ª Cúpula da Celac.
Em carta de despedida, Juscelino Filho afirmou:
“Preciso me dedicar à minha defesa, com serenidade e firmeza.. As acusações que me atingem são infundadas, e confio plenamente nas instituições do nosso país, especialmente no Supremo Tribunal Federal, para que fique isso claro. Retomarei meu mandato de deputado federal pelo Maranhão. Com o mesmo compromisso, a mesma energia e ainda mais fé“.
Lula havia estabelecido a apresentação da denúncia como linha de corte para sua permanência no ministério.
“O que eu disse para ele: você sabe a verdade. Se o procurador indicar [denunciar] você, você sabe que tem que mudar de posição. Enquanto não houver indiciamento [denúncia], ele fica como ministro. Se houver indicação [denúncia], ele vai ser afastado“, disse o presidente.
A saída de Juscelino Filho abre caminho para a nomeação de outro deputado federal do União Brasil.
De acordo com o blog do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o nome mais cotado tem sido Pedro Lucas Fernandes, líder do partido na Câmara dos Deputados, que recebeu o apoio de Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado Federal.
Apesar de não ter a simpatia inicial de Lula, Pedro Lucas ganhou força após articulações lideradas por Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), e Antonio Rueda, presidente da União Brasil, em reunião que contou com presença de ministros, senadores e deputados aliados.