Política

STF mantém Moraes, Zanin e Dino no julgamento de Bolsonaro

As alegações de parcialidade foram consideradas infundadas pela Corte

Crédito: Agência Brasil
Crédito: Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para rejeitar os recursos apresentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelos generais Walter Braga Netto e Mário Fernandes, que tentavam afastar os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin do julgamento da denúncia do golpe.

A decisão garante a permanência dos magistrados no caso.

STF rejeita alegações de parcialidade

Até o momento, os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Edson Fachin votaram contra os pedidos de impedimento, afastando qualquer suspeita de parcialidade.

Em seu voto, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, afirmou que as defesas não apresentaram provas concretas que justificassem o afastamento dos ministros. Para Barroso, não houve nenhuma “concreta demonstração da parcialidade”.

“Alegações genéricas e desacompanhadas de provas concretas da aventada parcialidade do julgador não se prestam para a caracterização do alegado impedimento”, destacou Barroso em seu voto.

Entenda os recursos analisados

Os pedidos de impedimento estavam sendo julgados em uma sessão extraordinária do plenário virtual do STF, com prazo para votação até as 23h59 de quinta-feira (20).

O julgamento da denúncia contra Bolsonaro e outras seis pessoas envolvidas no suposto plano golpista está marcado para o dia 25 de março, na Primeira Turma da Corte.

Os recursos apresentados incluíam:

  • Mário Fernandes solicitou a suspensão do ministro Flávio Dino, alegando que ele era ministro da Justiça durante os atos de 8 de janeiro.
  • Jair Bolsonaro argumentou que Flávio Dino deveria ser impedido, pois moveu uma queixa-crime contra ele por calúnia, injúria e difamação quando era governador do Maranhão.
  • Bolsonaro também pediu o afastamento de Cristiano Zanin, alegando que, quando advogado, ele assinou uma notícia-crime contra o ex-presidente por ataques às instituições.
  • Braga Netto contestou a imparcialidade de Alexandre de Moraes, afirmando que o ministro não poderia relatar o processo, pois foi alvo de uma suposta operação para executá-lo durante o golpe – o chamado Plano Punhal Verde e Amarelo e o Copa 2022.