Sucessão no BC

Sucessor de Galípolo em diretoria só pode completar mandato restante até 2027

Caso Galípolo assuma o cargo de presidente, seu sucessor na diretoria de política monetária vai ter um mandato reduzido, limitado a completar o período restante até fevereiro de 2027, informou a reportagem de Gabriel Shinohara, do jornal Valor Econômico

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central (BC)
Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central (BC)

Se Gabriel Galípolo for aprovado pelo Senado Federal para a presidência do Banco Central (BC), a sua ascensão traz implicações significativas para a estrutura da diretoria da autarquia.

Caso Galípolo assuma o cargo de presidente, seu sucessor na diretoria de política monetária vai ter um mandato reduzido, limitado a completar o período restante até fevereiro de 2027, informou a reportagem de Gabriel Shinohara, do jornal Valor Econômico.

Isso significa que o novo diretor não vai exercer um mandato completo de quatro anos.

O que a Lei de Autonomia do Banco Central diz?

De acordo com a lei de autonomia do Banco Central, a vacância de cargos de presidência ou diretoria requer a nomeação de substitutos para completar os mandatos em andamento.

Galípolo assumiu a diretoria de Política Monetária em julho do ano passado e, caso sua nomeação para a presidência se concretize no início de 2025, seu sucessor deve apenas completar o período restante do mandato atual.

Nomeações pendentes para a diretoria

Além da diretoria de Política Monetária, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai ter a responsabilidade de indicar novos nomes para outras diretorias do Banco Central.

As diretorias de Regulação e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta estão prestes a passar por mudanças, uma vez que os mandatos de Otávio Dâmaso e Carolina de Assis Barros se encerram no final deste ano.

Mandatos e possibilidade de recondução

Os mandatos dos diretores e do presidente do Banco Central têm uma duração de quatro anos, com possibilidade de recondução.

Como Dâmaso e Barros completarão seus mandatos ainda este ano, os seus sucessores deverão iniciar seus trabalhos em 2025 para cumprir um período completo de quatro anos.

Esta estrutura permite uma estabilidade e continuidade nas políticas monetárias e regulatórias.

Troca gradual de diretores

A legislação também prevê uma troca paulatina de dois diretores por ano, a começar no terceiro ano do mandato presidencial.

Isso permite uma renovação gradual da equipe, e equilibra a experiência com a inovação.

Com as nomeações deste ano, o presidente Lula vai ter a oportunidade de indicar sete dos nove membros da diretoria colegiada do Banco Central.

As informações são do jornal Valor Econômico.