O presidente eleito Donald Trump anunciou, na última terça-feira (12), a nomeação de John Ratcliffe como novo diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), consolidando um forte aliado na chefia da inteligência americana.
Ratcliffe, que já ocupou o cargo de diretor de Inteligência Nacional (DNI) durante o primeiro governo de Trump, tem uma longa trajetória de apoio ao ex-presidente e se destaca por suas visões duras em relação a adversários globais, como a China e o Irã.
Com uma carreira marcada pelo apoio ao governo Trump e por posições “linha-dura”, Ratcliffe é conhecido por ter defendido uma postura agressiva contra ameaças à segurança nacional.
Em comunicado, Trump elogiou a trajetória do novo chefe da CIA e reforçou a confiança em sua política de “paz através da força”. “John será um defensor implacável dos direitos constitucionais e dos mais altos níveis de segurança para os EUA”, afirmou Trump.
Uma carreira de polêmicas
Ex-representante do Texas, Ratcliffe é um aliado de longa data de Trump, sendo conhecido por seu apoio durante o primeiro impeachment do ex-presidente e por críticas contundentes à China.
Em 2020, Ratcliffe escreveu que Pequim pretendia dominar o mundo “economicamente, militarmente e tecnologicamente”, consolidando-se como um “falcão” em questões de política externa.
A nomeação de Ratcliffe tem sido bem recebida entre republicanos, com expectativas de uma rápida aprovação no Senado, agora novamente sob maioria republicana.
No entanto, críticos questionam sua inclinação política e o uso de informações desclassificadas para beneficiar aliados de Trump durante sua gestão no DNI, acusações que o gabinete de Ratcliffe sempre negou.
Visão dura para o Oriente Médio
Mais recentemente, Ratcliffe criticou a postura do governo Biden no Oriente Médio, acusando-o de hesitação em apoiar Israel e de ser leniente com o Irã.
A nomeação sinaliza que Trump pretende manter uma política externa firme, especialmente em relação a aliados estratégicos e adversários tradicionais dos EUA.