A defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pediu o adiamento de, ao menos, quatro depoimentos na ação penal a qual a parlamentar e o hacker Walter Delgatti são réus pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
As informações são do blog de Ricardo Noblat, no portal Metrópoles.
Ao longo das investigações realizadas pela Polícia Federal (PF), a defesa da deputada pediu a remarcação de seu depoimento quatro vezes. Problemas de saúde, viagens e falta de acesso ao inquérito foram as justificativas utilizadas pela defesa para os adiamentos.
A última delas aconteceu na última quinta (26), quando a deputada federal faltou a mais uma audiência.
Em nota, a assessoria de Zambelli disse que ela foi hospitalizada e vai passar por um procedimento de emergência. Ela havia feito testes para diagnosticar uma arritmia e foi internada no Hospital do Coração, em São Paulo, após dizer que sentiu um mal-estar.
Delgatti compareceu à oitiva, mas não foi ouvido. A assessoria do hacker não informou o motivo. Ele está preso em uma penitenciária de Araraquara (SP) e é réu confesso.
O processo
Zambelli é acusada de comandar o ataque a sistemas usados pelo Judiciário com o objetivo de adulterar informações oficiais. Ela teria contratado o hacker Walter Delgatti para cometer os crimes, entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, incluindo emitir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A deputada e o hacker respondem pelos crimes de falsidade ideológica e invasão a dispositivo informático.
A defesa de Carla Zambelli sustenta que não há provas de que a parlamentar tenha incentivado o ataque hacker ao sistema do CNJ.
(Informações do blog do Noblat, do portal Metrópoles)