A Americanas (AMER3) informou que o seu conselho de administração aprovou, após recomendação favorável e unânime de seu comitê de auditoria, a substituição de PwC por BDO para executar a auditoria das demonstrações financeiras do exercício de 2022 e o refazimento das demonstrações financeiras do exercício social de 2021.
A decisão abrange ainda a necessária revisão das demonstrações financeiras do exercício social iniciado em janeiro de 2023.
De acordo com a varejista, em 17 de junho, a companhia recebeu correspondência enviada pela PwC.
No documento, a empresa comunicava a suspensão dos trabalhos de auditoria relacionados às demonstrações financeiras de 2022 e informava que não seria possível concluir os procedimentos de auditoria relacionados às demonstrações financeiras históricas impactadas até que tenham “acesso completo e transparente às informações da companhia e da investigação independente, acesso a todos os eventuais relatórios escritos e correspondentes documentos e evidências suporte”.
A Americanas alegou que, em vista às circunstâncias que envolveram a elaboração das suas demonstrações financeiras auditadas relativas a exercícios passados, buscou assegurar que os trabalhos de auditoria e shadow investigation não fossem prejudicados com esforços de defesa, com o objetivo de conferir máxima credibilidade ao trabalho de auditoria em si.
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Após tentativas sem êxito de propor à PwC cautelas adicionais para a condução dos trabalhos de auditoria das demonstrações financeiras a serem refeitas e de shadow investigation e, ainda, considerada a necessidade de serem divulgadas ao mercado demonstrações financeiras auditadas que contem com elevado grau de confiabilidade e em prazo compatível com as necessidades de informações do mercado e dos credores da companhia, o conselho de administração deliberou pela mudança de seus auditores independentes.
Após a realização da reunião do colegiado, a empresa enviou correspondência à PwC, na qual foi informou os motivos que a levaram a tomar a referida decisão.
Desde então, a varejista e a PwC trocaram correspondências sobre o tema e a Americanas solicitou a manifestação da PwC sobre sua anuência, e não recebeu resposta até a data da última segunda-feira, 17 de julho.
A companhia salientou, em comunicado, que tal decisão não antecipa qualquer juízo de valor a respeito do trabalho da PwC até aqui, mas visa tão somente permitir que as demonstrações financeiras auditadas da Americanas sejam finalizadas e divulgadas adequadamente.
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