O Carrefour (CRFB3) registrou um crescimento de 30,70% nas vendas consolidadas de seu primeiro trimestre de 2023, a R$ 27,1 bilhões, abaixo do esperado pelos analistas do Goldman Sachs.
As vendas foram impactadas principalmente por uma inflação menor de alimentos e por um cenário competitivo mais acirrado, segundo os analistas.
As vendas brutas somaram R$ 18,1 bilhões entre janeiro e março passados, o que representa um avanço total de 20,10% na comparação com igual etapa de 2022.
O volume bruto transacionado (GMV) total somou R$ 1,6 bilhão no periodo, expansão de 43,0% em relação ao mesmo período do ano passado.
O poder de compra do consumidor também segue pressionado, por isso a empresa também registrou uma queda nos volumes.
A administração também destacou um cenário competitivo mais difícil, já que a conversão do Extra parece ter impactado negativamente as vendas no formato multivarejo, enquanto uma onda de mais de 100 aberturas de C&C criou mais concorrência para o formato Atacadão.
Os analistas do Goldman Sachs acreditam que os investidores continuarão monitorando a inflação de alimentos, o lucro e os volumes da empresa.
"Esperamos que os investidores se concentrem nos potenciais efeitos de canibalização entre as lojas C&C, não apenas para a CRFB em seus hipermercados Atacadão e Maxxi/BIG convertidos, mas também para Assai (ASAI3) e as lojas Extra convertidas", afirmam os analistas do Goldman Sachs.
Nesse sentido, eles recomendam compra no papel, com preço-alvo de R$ 24,50, ou seja, uma valorização potencial de 129,6%. As ações do Carrefour (CRFB3) recuavam 3,09%, a R$ 10,34, por volta das 10:49.