Após o fechamento dos mercados na próxima terça-feira, 25 de julho, as empresas Carrefour (CRFB3), Neoenergia (NEOE3) e Telefônica Brasil – Vivo (VIVT3) divulgarão seus respectivos balanços referentes ao segundo trimestre deste ano.
Veja abaixo as principais projeções e as recomendações de analistas em relação a cada um dos papéis:
Carrefour (CRFB3)
Em relatório recente, o EQI Research estimou que não apenas a empresa, mas todo o setor vai trazer resultados mais fracos no intervalo entre abril e junho deste ano.
Para a companhia e suas rivais, o analista Luiz Cesta estima que as vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) devem permanecer pressionadas pela diminuição da inflação de alimentos, que apresentou alta de 1,02% no primeiro semestre deste ano.
Neste cenário, a diluição de despesas pode ser prejudicada, o que levaria à compressão de margens como as esperadas no segmento Atacadão.
O EQI Research estima que a margem EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) seja de 4,70% para a varejista, de 6,80% registrados no ano de 2022.
Cesta crê que as condições de alavancagem de Carrefour devem permanecer como ponto de alerta, mesmo com uma possível melhora no cenário com a possível queda da taxa básica de juros, a Selic, nos próximos meses.
Ele avalia que o lucro líquido da varejista alimentar deve recuar 84,0% na base de comparação anual, a R$ 107,0 milhões no segundo trimestre.
Neoenergia (NEOE3)
O volume total de energia injetado nas redes da Neoenergia (NEOE3) totalizou 19.873 gigawatts-hora (GWh) no segundo trimestre deste ano, alta de 2,70% em relação ao mesmo período do ano passado, informou a companhia em sua prévia operacional.
A geração consolidada de energia caiu 2,8% ano a ano, impulsionada principalmente por um declínio de 13,90% ano a ano em geração hidrelétrica causada pelo menor despacho do operador do sistema (ONS).
Enquanto isso, a geração eólica expandiu-se em 29,90% ano a ano devido a velocidades de ventos mais fortes, enquanto a geração renovável também contou com a entrada em operação da Oitis (eólica) e de Luzia (solar).
O BTG Pactual destacou que a Termope, em Pernambuco (PE), mais uma vez reportou despacho zero, e contou com compra de energia no mercado spot, beneficiada de preços spot mais baixos em comparação ao seu CVU ao longo do trimestre.
Já o Santander acredita que o impacto da inflação e os bons números operacionais devem ajudar a empresa a manter um resultado trimestral positivo.
Recomendações
BTG Pactual: compra, ao preço-alvo de R$ 25,00.
Santander: outperform, ao preço-alvo de R$ 27,68.
Telefônica Brasil – Vivo (VIVT3)
No início de julho, o UBS BB reiterou sua recomendação de compra para as ações de Telefônica Brasil – Vivo (VIVT3), com preço-alvo elevado de R$ 48,00 a R$ 51,00 por papel.
Analistas do banco suíço calculam que a operadora expanda seu pagamento de proventos em 30% entre os anos de 2024 e 2026. A empresa deve pagar um dividend yield (DY) de 6% em curto prazo e gradativamente avançar a 7% em 2025 e a mais de 8% no ano seguinte.
Na avaliação do UBS BB, lucros da Telefônica Brasil deverão ser maiores, em razão de menores despesas com depreciação e amortização e operações sólidas em todas as unidades de negócios.
Em relatório, analistas foram elogiosos em relação a melhora na geração de caixa, graças a um menor investimento em capital (CAPEX) em relação às vendas. Com isso, projetam um fluxo de caixa livre (FCF) de 9,6% em 2024.