A confiança na administração e expectativas de melhor integração das marcas Natura (NTCO3) e Avon são o motivo do Citi projetar uma valorização considerável da ação em 2024.
Tamanha foi a leitura positiva, que na recomendação da casa, a companhia saiu de neutra para compra, mas com a ressalva de “alto risco”.
A expectativa é que a venda da The Body Shop, concluída no ano passado, reduza a complexidade da operação e permita que a administração possa focar integração na América Latina.
Quanto ao alto risco, o banco baseia-se nos possíveis desafios de execução e potenciais obstáculos durante o processo. Mas, ainda assim, o Citi considera que a administração merece o “benefício da dúvida” em relação à convergência de margem para a operação da América Latina em 16%.
O segundo ponto da tese de investimento é o potencial de geração de caixa movido pelo ciclo eficiente de caixa. Além disso, o Citi destaca que os gastos mais limitados também ajudam nas boas expectativas para forte geração de caixa.
A expectativa do Citi é de crescimento no lucro por ação de 40% entre 2024 e 2027.
A casa estima que, com essa taxa de crescimento, o múltiplo do preço sobre lucro (P/L, na sigla em inglês) ficaria em 24 vezes para 2024 e 14 vezes para 2025. O volatiun é visto como atrativo, considerando os concorrentes e o histórico da companhia.
Diante disso, além de elevar a recomendação para compra, o Citi aumentou o preço-alvo de R$ 15 para R$ 21, ou um potencial de valorização de 36% frente o fechamento da véspera.