Para a XP Investimentos, os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2024 da Prio (PRIO3) superaram as expectativas graças a uma comercialização melhor que a esperada.
Durante os meses de janeiro e março, a companhia realizou um preço de petróleo de USD 88,00/BBL, “um preço de comercialização muito bom em comparação com o Brent médio, de cerca de US$ 82,00/BBL, e com o preço médio de referência do Brent, de cerca de US$ 85,00/BBL”, observou a analista Helena Kelm.
De acordo com a plataforma, apesar dos desafios operacionais no período, os custos permaneceram controlados e o lifting cost por barril aumentou 9,00% em relação ao trimestre anterior (em linha com o declínio da produção) para US$ 7,5/BOE.
A companhia novamente gerou fluxo de caixa livre no 1T, apesar de estar em meio a um ciclo de investimento para aumentar a produção, um pagamento de USD 60 milhões em earn-out para a aquisição de Albacora Leste e um pagamento de USD 35 milhões para a aquisição da embarcação de apoio Genesis I.
A alavancagem, em 0,6x a dívida líquida/LTM EBITDA, está abaixo do limite do acordo de 2,5x, o que, na opinião de Kelm, “permite um poder de fogo significativo no balanço patrimonial da PRIO para futuras aquisições”.
Kelm assinala que o próximo marco importante para a tese da PRIO vai ser o primeiro óleo em Wahoo.
No entanto, a empresa aguarda a normalização do IBAMA. “Em nossa opinião, essa é uma questão de tempo – embora o tempo possa, de fato, ter um impacto substancial sobre o valor nesse caso”, disse.