Em relatório, o BTG Pactual pontua a surpresa com os altos custos operacionais reportados pela Sabesp (SBSP3) no quarto trimestre de 2022.
Comparando o EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) 2022 da Sabesp com seu benchmark regulatório, existe um desempenho inferior de 40%, segundo o relatório da instituição.
Essa diferença se traduz em um gap de eficiência de R$ 4,7 bilhões. Os analistas também citam que apesar de parte dessas ineficiências serem decorrentes de uma dinâmica de custos mais elevada que o ideal, a emrpesa também apresenta desempenho inferior do lado das receitas.
"Vemos ineficiências de quase R$ 2,3 bilhões no lado dos custos, enquanto também há uma lacuna de R$ 1,9 bilhão nas receitas", apontam.
A diferença deve diminuir após o reajuste tarifário de 6,37% em discussão no âmbito da revisão tarifária extraordinária da Sabesp a ser aplicada em maio, de acordo com o BTG.
Os analistas destacam que a Sabesp ainda está barata para uma estatal e pontuam que a companhia poderia ser mais eficiente se atuasse como seus pares privados.
O BTG segue com recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 63,00. Nesta quarta-feira (5), as ações da companhia recuavam 2,13%, a R$ 49,71, por volta de 15:44.