Às 10:46 desta quarta-feira, 30 de agosto, as ações de Via (VIIA3) caíam 4,90%, ao preço de R$ 1,36 cada. Do primeiro dia deste mês à última sessão, de 29 de agosto, os papéis da varejista caíram 32,55%.
O mau desempenho sucede mesmo o início do ciclo de corte de juros da taxa básica de juros Selic e está atribulado, sobretudo, aos números financeiros negativos registrados no segundo trimestre deste ano pela companhia. O balanço da Via (VIIA3) foi divulgado no dia 10 de agosto.
Na ocasião, a empresa relatou ter registrado um prejuízo líquido de R$ 492 milhões no segundo trimestre deste ano, em uma reversão ao lucro líquido de R$ 6 milhões apurado no mesmo período de 2022.
Além disso, a companhia registrou uma queima de caixa de R$ 760 milhões.
O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), em termo ajustado, somou R$ 469,0 milhões, um declínio de 32,1% na base de comparação anual.
A receita líquida retraiu 2,10% em doze meses, a R$ 7,5 bilhões no intervalo entre abril e junho.
Recomendações
Para a XP Investimentos, a varejista reportou um conjunto de resultados fracos, mas em linha no segundo trimestre, com crescimento moderado de receita e rentabilidade pressionada em uma perspectiva macroeconômica ainda desafiadora para a demanda.
Analistas reiteraram sua recomendação neutra, ao preço-alvo de R$ 3,00 por ação, com a observação de que um plano de reestruturação foi anunciado – o Via 2025 – e cerca de cem lojas terão suas atividades encerradas para um contingenciamento de gastos.
A varejista busca reduzir seu estoque em R$ 100 milhões, reduzir despesas com pessoas em R$ 370 milhões, livrar capital de giro em R$ 420 milhões e reestruturar, portanto, o capital.