A XP (XPBR31) registrou captação líquida de R$ 16,2 bilhões no primeiro trimestre deste ano, declínio de 65% em doze meses. Ao fim de março, somava R$ 954 bilhões em ativos de clientes e os clientes ativos eram registrados ao todo em 3,970 milhões.
De acordo com o UBS BB, no peródo, houve queda acentuada nas entradas líquidas, que, por sua vez, foram parcialmente compensadas por fortes adições líquidas de clientes e TPV.
Em novas iniciativas, o volume total de compras continuou a expandir (mesmo com efeito sazonal negativo).
Após a recuperação do preço das ações da XP negociadas em Nova York para o limite de US$ 13,00 cada no início de abril, os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Kaio Prato já não descartam a possibilidade de uma leve pressão negativa do mercado financeiro para manter as ações aproximadamente nesse mesmo nível – pelo menos, até os resultados completos do período entre janeiro e março deste ano.
A receita líquida totalizou apenas R$ 16 bilhões no intervalo, uma queda de 48% trimestre a trimestre – o pior desde os três primeiros meses de 2020.
O volume total de compras cresceu R$ 8,6 bilhões, de R$ 8,2 bilhões no quarto trimestre de 2022, um desempenho construtivo dada a sazonalidade negativa nos três primeiros meses de qualquer ano, com a ressalva de que a XP ampliou a oferta de cartões de crédito para os clientes Rico (clientes de média renda).
Nesse sentido, o UBS BB reiterou a recomendação de compra dos papéis da companhia negociados em Nova York (NASDAQ:XP), ao preço-alvo de US$ 21,00 cada, já que os papéis são negociados a apenas 10,2x 2023E PE, o que implica desaceleração significativa no crescimento dos lucros, com a qual os analistas discordam.