Em uma medida histórica e controversa, o presidente Donald Trump anunciou, na última segunda-feira (20), a saída oficial dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão, anunciada logo após assumir o segundo mandato, gerou intensas críticas.
Em uma coletiva de imprensa em Genebra, o porta-voz da OMS, Tarik Jašarević, expressou sua decepção com a decisão de Trump e manifestou esperança de que os Estados Unidos (EUA) reconsiderem a medida.
“Esperamos que os EUA reconsiderem, e realmente esperamos que haja um diálogo construtivo para o benefício de todos, para os americanos, mas também para as pessoas ao redor do mundo”, disse.
A ordem executiva assinada por Trump cita diversos fatores como justificativa para a decisão.
Entre eles estão a “má gestão da pandemia de COVID-19 pela organização, originada em Wuhan, na China, e outras crises globais de saúde”.
O documento menciona ainda um suposto fracasso da OMS em implementar reformas urgentes e em manter independência de influências políticas de seus estados-membros.
Trump reiterou a visão de que os Estados Unidos (EUA) contribuíam financeiramente de forma desproporcional em relação a outros países. Ele referia-se à sua decisão de 2020, quando acusou a OMS de colaborar com a China no encobrimento das origens da COVID-19 e permitir sua disseminação.
A ordem executiva de Trump inclui instruções ao secretário de Estado e ao diretor do Escritório de Gestão e Orçamento para suspender futuros repasses de fundos à OMS.
Apesar disso, a retirada formal dos Estados Unidos (EUA) vai levar um ano para ser concluída, período no qual o país ainda mantém a obrigação de continuar a financiar a organização.
Em 2020, durante seu primeiro mandato, Trump anunciou a retirada formal dos EUA da organização, mas a decisão foi revertida pelo democrata Joe Biden assim que assumiu a presidência em 2021.
Agora, Trump retoma sua política de distanciamento.