Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – As viagens aéreas corporativas nos próximos dois anos devem ser reduzidas por 82% das empresas consultadas pelo Bank of America (NYSE:BAC) (SA:BOAC34) (BofA) na América Latina. Isso, na visão do banco, será um obstáculo para a recuperação das companhias aéreas na região, especialmente considerando que antes da pandemia, as viagens corporativas representavam 45% do tráfego e traziam rendimentos premium para as empresas.
Dos 71 entrevistados, 75% acreditam que as ferramentas de reunião online, como Zoom (NASDAQ:ZM) (SA:Z1OM34) e Microsoft Teams (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34), são um substituto eficaz para as reuniões de negócios. Em contrapartida, apenas 6% da amostra avalia que seus negócios foram severamente afetados por restrições de mobilidade, enquanto 15% relataram um impacto um tanto negativo.
Entre as empresas que consideram fazer menos viagens em 2022 e 2023, 48% esperam uma redução entre 0-25% nas locomoções aéreas, 25% preveem um corte de 25-50% nos volumes e 8% estimam que as viagens aéreas serão reduzidas em mais de 50%. Apenas 17% dos entrevistados pelo BofA esperam retornar aos níveis pré-pandêmicos, enquanto apenas 1% espera que as viagens aéreas aumentem.
O BofA destaca que, além dessa pesquisa, dados sobre a recuperação de viagens mostram uma tendência similar em países onde a vacinação contra covid-19 está avançada. Nos Estados Unidos, por exemplo, as locomoções aéreas por lazer estão em níveis similares aos de 2019, mas as relacionadas a negócios estão 60% abaixo da pré-pandemia.