As ações de Assaí (ASAI3), Natura (NTCO3), Minerva (BEEF3), Méliuz (CASH3) e Carrefour (CRFB3) apresentaram as maiores quedas do Ibovespa em abril.
Veja:
Empresa | Código | Variação |
Assaí | ASAI3 | -20,59% |
Natura | NTCO3 | -16,21% |
Minerva | BEEF3 | -15,54% |
Méliuz | CASH3 | -14,85% |
Carrefour | CRFB3 | -12,74% |
Confira abaixo as recomendações mais recentes para as empresas que já foram repercutidas aqui na SpaceMoney:
Assaí (ASAI3)
A Genial Investimentos espera um resultado um pouco mais fraco para o Assaí (ASAI3) no primeiro trimestre. Em relatório, os analistas citam a pressão de curto prazo trazida pelo projeto de conversões e pelo nível de alavancagem da empresa.
Eles reiteram a recomendação de compra na ação, mas o preço-alvo foi rebaixado para R$ 20,00 (de R$ 23,50 antes).
Os analistas acreditam que a desaceleração da inflação neste começo de ano deve impactar na dinâmica de vendas, porque o período de pressão nos preços dos alimentos impulsionou o crescimento do setor de supermercados.
Na visão da Genial Investimentos, o primeiro semestre, como um todo, vai ser desafiador para a empresa em geração de caixa, mas deve haver forte recuperação ao longo do segundo semestre. No relatório, os analistas citam ainda que a companhia negocia a um múltiplo atrativo.
Natura (NTCO3)
Nos últimos anos, a Natura (NTCO3) implementou uma série de mudanças em seu modelo de negócios, e, inclusive, revisitou o alinhamento dos representantes de vendas no canal de vendas diretas na América Latina, com a redução de seu pagamento, ao passo que se tornou um player mais global.
A companhia fez uma aquisição bem sucedida de Aesop em 2013, anunciou a compra de The Body Shop em 2017 e adquiriu Avon em 2019. Sua alavancagem financeira cresceu. Em 2020, promoveu dois aumentos de capital no valor total de R$ 8 bilhões entre maio e outubro.
Mas, em relatório, analistas do BTG Pactual destacam que, após um período inicial de resultados animadores, a companhia passou a registrar números mais fracos que o esperado na maioria de seus negócios nas unidades, enquanto luta para reanimar as vendas de Avon e The Body Shop.
Além disso, a empresa foi pressionada por um câmbio menos favorável e uma inflação global que penalizaram sua estrutura de custos. Na avaliação do BTG Pactual, estes são alguns dos principais desafios neste início de ano.
A lucratividade e o ROIC da companhia devem ser prejudicados ao longo dos próximos meses, disseram os analistas.
Eles elogiam os esforços para a simplificação da estrutura e em prol da melhoria do fluxo de caixa livre, mas em termos de fundamentos, com margens penalizadas e fracas receitas, o BTG Pactual reiterou sua recomendação neutra, mesmo com a venda de Aesop e recente liquidação.
O BTG Pactual projeta as ações NTCO3 a um preço-alvo de R$ 16,00 cada em doze meses.
Minerva (BEEF3)
O Bank of America (BofA) reiterou sua recomendação de compra para as ações de Minerva (BEEF3), mas reduziu o preço-alvo de R$ 18,00 para R$ 16,50.
Analistas do banco norte-americano esperam que o primeiro trimestre seja o pior para a companhia no ano, disseram ao acrescentar que projetam uma contração na margem EBITDA consolidada de 0,90%.
De acordo com os analistas, todo o primeiro semestre de operações do frigorífico vai ser desafiador, devido ao primeiro trimestre afetado pelo embargo de carne bovina à China, simultâneo aos momentos difíceis de atividades na Argentina (futuras eleições presidenciais) e na Colômbia.
Como um driver positivo para os papéis, o ciclo do gado no País deve melhorar e no Uruguai também.
Méliuz (CASH3)
Em 14 de março, a Méliuz (CASH3) comunicou aos seus acionistas e ao mercado em geral que registrou um prejuízo líquido consolidado de R$ 5,4 milhões no quarto trimestre de 2022.
Na visão do analista Matheus Guimarães, da XP, os resultados do período foram negativos, apesar da melhora marginal em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Investidores devem voltar suas atenções para o que vai ser da empresa após a conclusão da aliança estratégica com o Banco BV, declarou a XP Investimentos à época.
Com o movimento, apesar do trimestre negativo, a XP reforçou a visão construtiva no longo prazo para a empresa e recomendou compra nos papéis CASH3, com preço-alvo de R$ 2,00.
Carrefour (CRFB3)
O Carrefour (CRFB3) registrou um crescimento de 30,70% nas vendas consolidadas de seu primeiro trimestre deste ano, a R$ 27,1 bilhões.
O volume bruto transacionado (GMV) total somou R$ 1,6 bilhão no periodo, expansão de 43,0% em relação ao mesmo período do ano passado.
As vendas brutas somaram R$ 18,1 bilhões entre janeiro e março passados, o que representa um avanço total de 20,10% na comparação com igual etapa de 2022.
Em relatório, o Itaú BBA apontou que os resultados operacionais da varejista vieram ligeiramente negativos, com o peso da desinflação alimentar e a incorporação do Grupo BIG, num ambiente de competição ainda mais acirrado.
Analistas apontaram que, entre janeiro e março, o desempenho de vendas nas mesmas lojas (SSS) foi mais leve que o aguardado nas divisões de atacarejo e varejo.
O Itaú BBA reiterou recomendação outperform (equivalente a compra) para o Carrefour (CRFB3), com preço-alvo de R$ 17,00 por ação.