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Nunca é tarde para investir: veja dicas de planejamento financeiro para quem já passou dos 40

- Nataliya Vaitkevich/Pexels
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O primeiro mês de 2021 se aproxima do fim e, com a chegada de fevereiro, muitos brasileiros já começaram a tentar realizar os itens colocados nas tradicionais listas de resoluções de Ano Novo. Entre as metas mais comuns está a organização financeira para quitar dívidas, poupar dinheiro ou até mesmo entrar no mundo dos investimentos.

Essa necessidade ficou nítida no Raio X do Investidor 2020, divulgado pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) em julho do ano passado. Segundo o levantamento, 56% dos brasileiros não possuíam nenhum recurso aplicado em investimentos no ano de 2019.

Ainda de acordo com a pesquisa, os investidores no Brasil têm, em média, 43 anos. Mas a planejadora financeira Eliane Tanabe tranquiliza quem já está nessa faixa etária ou passou dela e ainda não tem dinheiro em aplicações: “não existe uma idade máxima, a qualquer momento você pode começar a investir e conseguir êxito para equilibrar melhor a vida financeira”.

Investir para quê?

A principal motivação dos entrevistados pela Anbima, ao fazer um investimento, é a aquisição de imóveis, automóveis ou viagens, com cerca de 56% das respostas.  

Quando se tem mais de 40 anos, no entanto, a planejadora financeira ressalta que uma das maiores preocupações deve ser a aposentadoria. “É preciso começar a fazer mesmo que um pequeno ‘pé de meia’ para não ficar dependendo só da renda do INSS”, afirma.

Investir como?

Mesmo com a taxa Selic na mínima histórica de 2% ao ano, 84% da população ainda aposta na poupança para acumular seu patrimônio. Contudo, para quem vai aplicar com foco na longevidade, explorar outras alternativas pode significar ganhos maiores.

“A diversificação é um princípio básico de investimentos: nunca se deve colocar tudo em um único produto. Logo, aplicar apenas na poupança não é inteligente quando se deseja que o dinheiro produza uma rentabilidade com ganhos reais”, conta Eliane. 

O primeiro passo para compor uma carteira eficaz é separar os recursos para os objetivos de curto, médio e longo prazo. Cada um dos cenários definirá qual aplicação é mais adequada.

Para o curto prazo, por exemplo, o investidor deve considerar compor uma reserva de emergência com recursos suficientes para manter suas despesas essenciais por um determinado período de tempo em caso de imprevistos. “Esse é um investimento mais conservador, que prioriza a liquidez diária do recurso”, explica a planejadora.

Já para objetivos de médio prazo, como a troca de carro ou reforma da casa, e longo prazo, que incluem a aposentadoria, a diversificação aumenta a possível rentabilidade dos investimentos.

No entanto, antes de diversificar, é preciso conhecer o perfil de cada investidor: conservador, moderado ou agressivo. É de acordo com essa classificação que os produtos financeiros podem ser escolhidos. “Quem tem um perfil mais agressivo e tolera riscos com mais facilidade pode começar a diversificar com alternativas de alto risco, como o mercado acionário e outras modalidades de investimento.

Proteção financeira

Além das aplicações, outros produtos financeiros são importantes para quem já passou dos 40 anos e ainda não conseguiu acumular recursos suficientes para garantir o futuro. Os seguros, por exemplo, garantem recursos financeiros para substituir bens ou ajudar famílias em casos de infortúnio.

Eliane indica que todos aqueles que ainda não têm um patrimônio financeiro consolidado devem contar com a cobertura adicional de um seguro: “Dependendo do contexto familiar, é estratégico possuir um seguro de vida. Em casos nos quais o indivíduo é o provedor financeiro para os pais, esposa, marido ou filhos, por exemplo, e vem a faltar por motivos de invalidez ou até mesmo falecimento é preciso tê-lo para que essas pessoas fiquem amparadas”.

Existem até mesmo produtos do segmento que aliam a proteção financeira aos investimentos. O Atitude, por exemplo, da Icatu Seguros, oferece aplicação na  previdência privada e também a cobertura contra morte e invalidez 

O CEO da SpaceMoney, Fabio Murad, explica que esse produto engloba a proteção contra três riscos diferentes: ficar inválido, viver pouco ou viver muito. “De acordo com as opções contratadas pelo cliente, é possível acessar uma renda em casos de invalidez, indenização para dependentes em caso de falecimento e também a previdência privada para quem chega a uma idade avançada sem uma poupança que seja suficiente para suas necessidades financeiras”, finaliza.