Em alta: mercado de jogos fatura consideravelmente mais que o de cinema

A gigante indústria de jogos eletrônicos tem crescido em ritmo acelerado nos últimos anos, algo que não é nada surpreendente, tendo em vista o enorme potencial desse mercado a nível global. Não por acaso, o setor já é significativamente mais valioso que outras indústrias de entretenimento consolidadas há décadas, como é o caso do cinema.

Com pouco mais de 3 bilhões de jogadores ativos, o que representa quase metade da população mundial, o ramo de jogos contemporâneos se estabeleceu como uma potência de arrecadação no século XXI, gerando bilhões de dólares de receita anualmente.

Sendo que, em razão do boom da internet, criou-se novas fontes de faturamento nesse segmento, indo muito além de receitas provenientes de comercialização de consoles e games em si.

Enquanto na indústria cinematográfica o sucesso da lucratividade de um filme tende a depender consideravelmente da bilheteria de cinema ou do êxito no streaming para atrair novos assinantes, no mercado de jogos temos a força dos eSports (esportes eletrônicos competitivos), além das microtransações nos games e diversos conteúdo para download, que vão desde customizações de personagens até expansões completas de jogos — os chamados DLCs.

Ou seja, na comparação com o cinema, o mercado de jogos eletrônicos criou diversas maneiras de obter um fluxo de receita mais expressivo.

Comparação de receita entre as indústrias de jogos e bilheteria de cinema, em 2023

Ao analisarmos a arrecadação de ambos os setores, com base no ano de 2023, fica claro o quão elevado está o patamar da indústria de jogos em relação ao cinema.

De acordo com dados do Gower Street Analytics, a arrecadação total de bilheteria global no período mencionado acima foi de US$ 33,9 bilhões. Ainda que esse número indique um aumento de 30,5 % para o setor, na comparação com 2022, está longe de se equiparar com o segmento de games.

Para efeito de comparação, segundo relatório da consultoria Newzoo (2023), a cena de jogos eletrônicos gerou uma receita de US$ 183,9 bilhões — mais do que o dobro que valia em 2007. Somente no Brasil, a movimentação de mercado foi de US$ 2,61 bilhões.